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Notícias

15 October 2025

OE2026: AHP saúda descida da carga fiscal mas considera que apoios às empresas têm de chegar mais rápido

“A máquina burocrática está a travar o objetivo. Mais confiança é necessária”, disse o líder da AHP, Bernardo Trindade, quando defendeu que os apoios às empresas têm de chegar mais rápido. O presidente da Associação da Hoteleira de Portugal (AHP), Bernardo Trindade, dá nota positiva a algumas medidas constantes da proposta de Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), entre as quais a descida da carga fiscal, apesar de ter deixado alguns reparos, destacando que os apoios concedidos às empresas, dando como exemplo as verbas do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), necessitam de chegar mais rápido ao tecido empresarial. O presidente da AHP, Bernardo Trindade, considera que a inclusão da redução da carga fiscal na proposta de Orçamento do Estado, apresentado pelo Governo, liderado por Luís Montenegro, “é positiva” apesar de considerar que um aumento das deduções às empresas seria uma medida ” mais eficaz” porque permitiria “premiar quem faz bem”. Bernardo Trindade considera também que as verbas dos apoios [destinados às empresas] necessitam de “chegar mais rápido” às empresas, referindo-se em concreto ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). “A máquina burocrática está a travar o objetivo. Mais confiança é necessária”, disse o líder da AHP. Contudo ficam também alguns reparos. Um deles o de não conseguir verbas para os estudos prévios ao novo Aeroporto [de Lisboa] onde se inclui infraestruturas como a nova travessia, e também o novo plano rodoviário e ferroviário. in Jornal Económico

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14 October 2025

Porto acolhe 35º Congresso da AHP

O Porto vai receber o 35º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo. Isso mesmo anunciou a AHP – Associação da Hotelaria de Portugal, que refere que a iniciativa irá decorrer na Alfândega do Porto, entre 11 e 13 de fevereiro. Recorde-se que os congressos da AHP passaram a ser bianuais e que o último evento da associação teve lugar no Funchal, entre 21 e 23 de fevereiro.  in Ambitur

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14 September 2025

Desastre de Lisboa é grave mas turismo escapa ao choque

A presidente da Associação de Hotelaria de Portugal diz que não houve cancelamentos. O acidente, de baixo risco e alto impacto, deixa marcas, mas não mancha a reputação da cidade. O acidente no Elevador da Glória, em Lisboa, provocou 17 mortos e 21 feridos, incluindo uma criança de três anos que sofreu ferimentos leves. A notícia correu o mundo. Até no Japão abriu os noticiários televisivos daquele dia e manteve-se no centro da atualidade informativa nos dias seguintes. O símbolo de Lisboa, o elétrico amarelo, aparecia esmagado contra o muro cor de rosa de uma casa – uma imagem fatal e muto distante dos pequenos ímanes de frigorífico que enxameiam as lojas para turistas. As mortes e os feridos ficam registados para sempre, não se apagam, e os efeitos na imagem de Lisboa – irão sarar depressa? Cristina Siza Vieira, presidente da Associação de Hotelaria de Portugal (AHP), diz que o desastre, embora trágico, não terá impacto relevante: “Um evento localizado como este não muda o comportamento dos mercados estrangeiros e não afeta a imagem de Portugal como destino seguro,” afirma, destacando que outros fatores têm “um peso muito superior” na perceção internacional e nas decisões de viagem. Quais? A instabilidade política e social, como aconteceu – e se repete – em França, ou como na última semana engoliu a capital do Nepal, Kathmandu. A presidente da AHP defende que o setor turístico em Portugal permanece robusto. Os números mais recentes, embora todos anteriores ao acidente, confirmam o impulso da última década, excluindo o período Covid-19. Em 2024, o país recebeu 29 milhões de turistas estrangeiros, um novo recorde e um aumento de 9,3% face ao ano anterior. “O turismo vive da promessa de segurança, acolhimento e previsibilidade. Episódios como este, ainda que dolorosos, não alteram significativamente a procura nem a confiança dos visitantes.” É uma espécie de blip que não muda o todo. As reservas não caíram, não houve cancelamentos. Aliás, nos próximos dias, Lisboa recebe o encontro mundial de gaming, milhares de pessoas, e este tipo de eventos também se mantém sem alterações. Em linha com recomendações internacionais para a gestão ”rápida e transparente” de crises, Siza Vieira reforça a importância de uma resposta célere. “O pior erro é o silêncio. Tem de haver explicação imediata da causa técnica, das medidas corretivas e um calendário definido para reabertura,” sublinha. A responsável pela AHP considera que o acidente se deve enquadrar na lógica dos eventos de ‘baixo risco, mas alto impacto’, o que exige protocolos eficazes e visibilidade das medidas para reforçar a segurança. Para Cristina Siza Vieira, é fundamental que o município, os operadores e os reguladores assumam responsabilidades e promovam auditorias independentes, robustecendo a confiança dos visitantes. “Provas visuais, inspeções e certificações são essenciais para transmitir segurança”, acrescenta, defendendo que se deve reconstruir “melhor e mais seguro”. PUBLICIDADE Desta forma, a líder da AHP distingue o impacto de fenómenos sistémicos, como o terrorismo ou a instabilidade política, dos efeitos de acidentes isolados. “O tempo médio de recuperação após crises graves caiu de 26 para 10 meses entre 2001 e 2018, demonstrando a resiliência do setor. Destinos que comunicam com clareza e agem rápido recuperam mais depressa,” refere, citando dados do World Travel & Tourism Council. A responsável diz que este acidente é “um teste à maturidade da cidade de Lisboa e à gestão de confiança do destino”. Apela a uma resposta transformadora, reafirmando que “a atração não deve apenas ser reparada, tem de ser reconstruída melhor, mais segura e mais transparente.” E o facto de o acidente juntar-se (acumular) a outras queixas de lisboetas e turistas, como as longas filas no aeroporto de Lisboa – por vezes, mais de uma hora para passar no controlo de passaportes –, e o lixo que se acumula nas ruas, além dos preços altos? “Quanto ao controlo nas fronteiras, Madrid passou pelo mesmo este verão. Sobre o lixo: é mau, sim, é péssímo, mas acontece noutros destinos turísticos. Tem de haver uma resposta mais adequada. As infraestruturas estão sob forte pressão, a taxa turística tem de ser usada para melhorar o que for preciso. Sendo uma taxa e não um imposto, deve pagar um serviço, até para que portugueses e turistas vejam que o desgaste tem como contrapartida investimento que tem origem na taxa turística. O facto de haver 50 municípios que cobram taxa turística sem grande pressão de viajantes já é um outro assunto. Sobre os preços cada vez mais altos, diz que já lá vai o tempo em que Madrid cobrava caro e Lisboa ficava como o destino barato. “Mas, claro, é preciso que a oferta cultural, e outra, tenha resposta.” in Jornal Económico, por André Macedo

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10 September 2025

Opinião: “Sustentabilidade para que te quero?”

Por Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHP E de repente, o Mundo mudou. Em setembro de 2024, Mario Draghi entregou a Ursula Von der Leyen o que “já era antes de o ser”, um famoso relatório. Nele apresentou um diagnóstico: a Europa está doente porque está a ficar para trás em termos de escala, inovação e autonomia estratégica. Uma causa: demasiada regulação, pouca inovação, lentidão burocrática, e um investimento anémico. E uma terapêutica: uma mobilização massiva de investimento (750 a 800 mil milhões por ano) e uma dieta regulatória séria. Do outro lado, a Comissão Europeia (CE), como cuidadora do doente, comprometeu-se e apresentou a “Bússola da Competitividade” e anunciou uns pacotes OMNIBUS. Nem de propósito, em novembro Trump voltou à Casa Branca e soaram as campainhas de alarme do velho continente. Donde, a CE apresentou em Fevereiro de 2025 o primeiro dos Pacotes OMNIBUS, com a promessa de tornar o quadro regulatório europeu mais leve, previsível e competitivo. Curiosamente, um esforço para limpar a casa regulatória que ela própria tem mobilado com muito zelo ao longo da última década. Não há como não o dizer: como em muitas outras matérias, a legislação europeia em matéria de sustentabilidade avançou incrivelmente depressa e sempre complicando mais e mais as obrigações de reporte das empresas. Criaram-se dezenas de iniciativas, acrónimos, diretivas, regulamentos — em silos , a precisar de guião e muitos especialistas para fazer leituras cruzadas. Mas nunca por nunca simples!. Agora, e mais uma vez (é que já houve vários “simplex”), lá se vem tentar cortar tanta palha. a legislação europeia em matéria de sustentabilidade avançou incrivelmente depressa e sempre complicando mais e mais as obrigações de reporte das empresas. Falamos, naturalmente, da necessidade – sim, necessidade- de simplificar a vida às empresas que têm de cumprir as obrigações de reporte de sustentabilidade impostas pela Directiva de Relato de Sustentabilidade Corporativa (CRSD) e pela Directiva de Diligência Devida em matéria de Sustentabilidade (CSDDD) e ainda, no campo de reporte, da alteração ao Regulamento de Taxonomia da UE (que, só pelo nome se percebe, é matéria apenas para “iniciados”). Para terem uma ideia, o objectivo é reduzir os encargos administrativos em 25% para todas as empresas e em 35% para as PME. Note-se que só da aplicação da Diretiva de Relato de Sustentabilidade Corporativa (CSRD) são excluídas cerca de 80% das empresas anteriormente abrangidas. E quanto ao regulamento da Taxonomia (esse palavrão) as alterações propostas simplificam os modelos de relatos das taxonomia em quase 70% dos pontos de dados Vejam bem o que isto significa de quão absurdo era este quadro regulatório. A Europa realmente tropeça nos seus próprios pés, ou dito de outra forma, cria regulamentos sem medir previamente o impacto que pode gerar na vida, donde competitividade, das empresas. A Europa realmente tropeça nos seus próprios pés, ou dito de outra forma, cria regulamentos sem medir previamente o impacto que pode gerar na vida, donde competitividade, das empresas Para muitas empresas, especialmente pequenas e médias, são boas notícias: menos carga administrativa, menos redundância, menos energia desperdiçada em relatórios difíceis de compilar e fáceis de ignorar. De resto, vamos, reduzir a carga é indispensável, sensato e lógico. Poucas são as empresas, mesmo as bem-intencionadas, com meios e know how para responder a um quadro de reporte ESG cada vez mais complexo. Por isso o Parlamento Europeu, logo no início de Abril, deu luz verde para prossecução do primeiro pacote OMNIBUS, e o Conselho da UE em 14 de abril aprovou uma Directiva com o simpático nome “Stop the clock”, que na prática adia dois anos o prazo de reporte para as empresas que permanecem a tal obrigadas e altera o âmbito das empresas obrigadas. Mas este movimento de simplificação exige atenção — e, sobretudo, discernimento. O OMNIBUS não altera as metas ambientais ou sociais da UE. Os compromissos do Pacto Ecológico Europeu- neutralidade carbónica em 2050 e a redução de emissões em 55% até 2030- mantêm-se. O OMNIBUS não altera as metas ambientais ou sociais da UE. Os compromissos do Pacto Ecológico Europeu- neutralidade carbónica em 2050 e a redução de emissões em 55% até 2030- mantêm-se. O que está em causa é a forma como as empresas reportam a sua informação não-financeira, e a quem. Menos frequência, menos detalhe, menos abrangência: é esta a natureza da simplificação proposta. Donde: temos, simultaneamente, de rastrear o esforço europeu em razão dos objetivos do Pacto, por um lado, e, por outro, assegurar que as empresas não morrem por ter de atravessar um inferno regulatório para serem verdadeiramente (verdadeiramente, sem green washing!) sustentáveis. É aqui que o papel das empresas e dos decisores políticos se cruza. Para os reguladores, a tarefa é legislar menos e melhor. Com coerência, previsibilidade e foco no impacto. Foco! Para as empresas, é tempo de abandonar a logica do check list e integrar o quadro ESG não como uma exigência externa, mas como uma ferramenta interna de gestão de risco, reputação e competitividade. Com outra simplicidade e critérios compreensíveis. Para as empresas, é tempo de abandonar a logica do check list e integrar o quadro ESG não como uma exigência externa, mas como uma ferramenta interna de gestão de risco, reputação e competitividade Para o sector do Turismo, o caminho passa seguramente pelo investimento muito sério e focado na sustentabilidade. Como meio de fazer crescer o negócio, em resultados que se medem também pelo good will, reputação, diferenciação, cuidado da comunidade e do planeta/local (lembram-se dos fundamentais do negócio? Location! Location! Location!) PS: última mensagem: desliguem o complicómetro mas não percam o rumo. in Ambitur

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