MENU

LOGIN

Notícias

18 November 2022

Hoteleiros insistem em ser incluídos no pacote de ajudas à luz e gás

"Os custos com a eletricidade e gás são, depois dos custos com as pessoas, o maior custo que temos" na hotelaria, disse Bernardo Trindade. O presidente da Associação Portuguesa da Hotelaria de Portugal (AHP) insistiu esta sexta-feira na necessidade de o setor ser incluído no pacote de 3.000 milhões de euros que o Governo anunciou para limitar os custos com os preços da energia. “Temos a expectativa de sermos envolvidos neste dossier” de apoio às empresas para fazer face ao aumento da fatura da eletricidade e do gás, disse Bernardo Trindade no encerramento do 33.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, promovido pela AHP, que decorreu de 16 a 18 de novembro, em Fátima. O responsável já tinha saudado este anúncio que o primeiro-ministro, António Costa, fez no mês passado, apelado na abertura do congresso perante o ministro da Economia, António Costa Silva, para a necessidade de o setor usufruir desta ajuda também. “Os custos com a eletricidade e gás são, depois dos custos com as pessoas, o maior custo que temos” na hotelaria, reforçou o mesmo responsável. in ECO, via Lusa

Ler mais
thumbnail
18 November 2022

Madeira acolhe congresso da AHP em 2024

A Madeira é o palco do congresso da AHP de 2024. O anuncio foi feito pelo presidente da AHP, o madeirense Bernardo Trindade na sessão de encerramento do 33.º Congresso da Associação da Hotelaria de Portugal que decorreu em Fátima desde quarta-feira. Foi um congresso rico, com muitas e boas propostas”, referiu Bernardo Trindade e se o ano de 2002 é irrepetível e se importa fazer diferente em 2023, "no primeiro trimestre de 2024 faremos o nosso congresso na Madeira". Na ocasião, Bernardo Trindade partilhou com os congressistas um abraço do secretário regional do Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, com quem já acertou o evento. in Diário de Notícias online, por Ricardo Miguel Oliveira

Ler mais
thumbnail
17 November 2022

Ministro anuncia programa 50 milhões para ajudar empresas de turismo

António Costa Silva diz que bancos são cruciais para recuperação do setor. No congresso da Associação Nacional da Hotelaria e Turismo, ouviu as queixas e os apelos dos empresários turísticos, ainda a lidar com os efeitos da pandemia. "Os anos da pandemia fizeram-nos recuar 20 anos em dormidas e 10 anos em proveitos", diz o presidente do organismo, Bernardo Trindade, presidente da Associação Nacional da Hotelaria e Turismo (AHP) na abertura do congresso do organismo, esta quinta-feira, em Fátima. Perante o ministro da Economia, representantes do setor alertaram para as dificuldades e tiveram como resposta o anúncio de um programa de apoio. "Realisticamente temos de ser ajudados", disse Bernardo Trindade dirigindo-se ao ministro da Economia. "O peso da eletricidade e do gás é muito, muito grande", alertou e colocando a AHP ao dispor para discutir como pode o governo ajudar o setor. "Basta copiar o ótimo exemplo do Turismo de Portugal no microcrédito", exemplificou. "Durante a pandemia perdemos 45 mil ativos, há falta de mão de obra e o serviço, sejamos claros, piorou". A discussão sobre salários é uma constante e, admitiu o presidente da AHP, "precisamos de trabalhar num novo paradigma de benefícios aos trabalhadores". A AHP apoiou o acordo com a CPLP para colmatar a falta de pessoas, mas admite que isso pode não chegar. Luís Miguel Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Ourém, também falou na abertura do congresso e apelou ao governo para que "não deixem de fora Fátima e o Município de Ourém nas Jornadas Mundiais da Juventude", Dirigindo-se ao ministro da Economia referiu: "ainda nem fomos ouvidos e queremos preparar-nos bem, mas precisamos de estar envolvidos nessa organização". Falta de aeroporto é "vergonha nacional" Francisco Calheiros, presidente da Confederação de Turismo de Portugal (CTP), na sessão de abertura, lembrou que "a única certeza que temos é a incerteza para 2023". Já 2022 "foi muito bom no turismo, mas não deu para cobrir os prejuízos dos anos de pandemia". Preocupado com a falta de crescimento económico, elogiou o acordo de rendimentos entre parceiros e governo, mas "temos de conseguir muito mais". E o aeroporto é um dos temas a resolver, recordou. Não melhorar o turismo porque não há aeroporto "é uma vergonha nacional". Sobre a semana dos 4 dias, o presidente da CTP falou na "falta de oportunidade total, quando o país está em pleno emprego, não faz qualquer sentido". Pedro Machado, presidente do Turismo do Centro de Portugal, reforça o pedido de apoio às empresas. Afirma que a sustentabilidade e descarbonização não podem ser esquecidas e "são grandes os desafios para o setor", sendo que o da demografia é um dos maiores, na opinião de Pedro Machado. Ministro recusa cenários irrealistas e catastrofistas Na abertura, o congresso recebeu ainda António Costa Silva, ministro da Economia e do Mar, que "tomou nota" dos pedidos de ajuda dos empresários, a dificuldade "é adequar o tempo da política à economia e temos de aumentar a sincronização". Quanto à Jornada Mundial da Juventude, em resposta ao autarca de Ourém o ministro afirmou que "vamos receber um milhão e meio a dois milhões de pessoas e temos de alargar a receção" a várias regiões. O governante alertou para os momentos de mudança que o mundo vive, especialmente a crise energética e das cadeias de abastecimento. Ainda assim, "mesmo com abrandamento, o país continua a crescer". Diz o ministro que "não precisamos de cenários irrealistas, nem catastrofistas". Afiançou que as "exportações vão chegar a 49% do PIB este ano" e "temos de agarrar as valências do país e conquistar o futuro". Para o ministro da Economia, "a banca é absolutamente fundamental, mas a banca comercial aposta no curto prazo e as empresas precisam do longo prazo. Há uma mudança de paradigma em curso. As empresas precisam de reforçar os seus capitais próprios para terem mais autonomia e temos de confiar nas empresas". O lucro não é pecado, referiu. Para o futuro do país, o governante destacou ainda "o papel do Banco de Fomento, agora com nova administração" [indigitada] e que "vai estar próximo das empresas e ser capaz de fomentar o crescimento da nossa economia". O ministro anunciou no congresso que hoje mesmo vai ser lançado um programa "50 milhões de euros para ajudar as empresas de turismo", a ser gerido pelo Turismo de Portugal e que é direcionado aos edifícios do setor. O 33.ª Congresso da Associação de Hotelaria de Portugal decorre hoje e amanhã em Fátima. in Diário de Notícias, por Rute Simão

Ler mais
14 November 2022

Entrevista Bernardo Trindade: “É tempo de colocarmos a economia alinhada com o tempo da política e democracia”

Perceber quais os principais desafios que o setor da hotelaria em Portugal enfrenta e terá pela frente, num futuro próximo, foi o mote da Grande Entrevista da edição 340 da Ambitur a Bernardo Trindade, presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP). O dirigente associativo, e ex-secretário de Estado do Turismo, admite cautela nas previsões dos resultados do setor, apesar de admitir que a confiança do cliente regressou. Reconhecendo que as medidas do Governo durante a pandemia evitaram “uma catástrofe nacional”, o empresário hoteleiro alerta que este apoio tem de continuar no atual contexto, e que é fundamental “alinhar o tempo da política com o da economia”. Leia aqui a 1ª parte desta entrevista, que será publicada integralmente nos próximos dias. Quais as previsões para a hotelaria no ano em curso, existindo já previsões consolidadas para os meses que faltam? Este representa um ano de confiança dos nossos clientes. Mais rapidamente do que prevíamos e estamos em algumas regiões do país a bater recordes de proveitos, de dormidas e hóspedes. Mas não nos iludamos. Para prestar este serviço, um serviço reconhecidamente de qualidade, tudo está mais caro – a eletricidade e o gás, a cadeia alimentar, as diversas prestações de serviços, recursos humanos. Não é possível, neste momento, dizer categoricamente que o resultado das empresas, a última linha da demonstração de resultados, será positivo. Ver-se-á no fim, com cautela e muita prudência. Outro aspeto importante: foram dois anos de pandemia que destruíram, em alguns dos nossos associados, a sua estrutura patrimonial e balanços. O ponto de partida para este ano era profundamente frágil, as estruturas patrimoniais das empresas hoteleiras, por serem de capital intensivo, eram muitíssimo frágeis, agravadas por dois anos praticamente sem nenhuma atividade. Tem insistido que o Banco de Fomento, ou até à sua operacionalização a Caixa Geral de Depósitos (CGD) enquanto instrumento de política pública que visa a capitalização das empresas, deverá ter um papel de intervenção ao nível das despesas patrimoniais e balanços das empresas. O que se pretende em concreto? O Banco de Fomento é um instrumento importante de política pública, com objetivos claros, em que exaltaria o olhar e observar e, em função de uma avaliação, capitalizar as empresas. O problema é que o tempo da política e da burocracia não está alinhado com o tempo da economia. O Banco de Fomento ainda não funciona. As pessoas que estão indigitadas para a liderança do Banco de Fomento ainda não têm autorização do Banco de Portugal para poderem exercer essa função. Por seu lado, a CGD é um banco que funciona em condições de mercado, detido a 100% pelo Estado português e é, por isso, também um instrumento de política pública. Enquanto dirigente associativo interessa-me olhar para esta questão realisticamente e dizer duas coisas. A primeira é que a CGD, até que o Banco de Fomento possa cumprir o seu propósito, pode ser de facto um elemento que auxilie – em função da sua experiência, da sua expertise, da sua condição de banco estruturalmente bem capitalizado – a trazer um músculo às empresas do setor do turismo. Mas dizemos também outra coisa do ponto de vista estratégico e a longo prazo. Entendo também que a CGD e o Banco de Fomento, dois instrumentos de política pública, bem capitalizados, podem juntar-se neste objetivo. O juntarem-se neste objetivo pode passar pela entrada no capital do Banco de Fomento da CGD. Nada disto pode constituir de facto obstáculo, nada disto pode pôr em causa as questões de concorrência, por quanto toda a outra banca privada não tem instrumentos de capitalização das próprias empresas. É tempo de colocarmos a economia alinhada com o tempo da política e democracia. Urge essa resolução… As empresas do setor do turístico têm graus de autonomia financeira, o rácio que relaciona capitais próprios com ativos, ou seja, são empresas alavancadas com presença de endividamento em excesso. Para termos empresas saudáveis, é preciso reequilibrar esta estrutura de capitais e o Banco de Fomento cumpre esse objetivo. Agora é importante que o Banco de Fomento nasça, renasça, que seja rapidamente colocado em prática. Porque nós não podemos perder mais tempo. Estamos a ter um ano de 2022 muito bom, um ano de recuperação da confiança dos nossos clientes, mas nada nos diz que, para o futuro próximo, já para 2023, possamos manter estes níveis de crescimento. Ora, por essa razão, impõe-se a normalização destes instrumentos. O vice-presidente do BCP afirmou, na VI Cimeira do Turismo Português, que o setor chegou a ter 4,2 mil milhões de euros de moratórias em abril de 2020, tendo recuperado totalmente, e no final de 2021 só teria 83 milhões de euros de moratórias (8% do total das empresas), hoje regularizadas. Acrescenta que este é um setor que já chegou a ter 4% de crédito vencido, em 2020 tinha 1,6%, hoje tem 1,2%. Que comentários lhe merecem este comentário? Eu também venho do setor financeiro, de uma instituição de crédito, estas são profundamente pró-cíclicas, ou seja, procuram apoiar um conjunto de setores que, do seu ponto de vista, lhes parecem mais rentáveis. A banca não está para perder dinheiro, tem a confiança dos seus depositantes e tem a obrigação de fazer operações que façam sentido. Esses números demonstram uma recuperação fantástica que passou essencialmente por limpar uma carteira de crédito vencido que tinham nos seus balanços e, sobretudo e de alguma maneira, perceber como seria a evolução este ano. Essa indicação reforça a convicção que temos de que a CGD, sendo um instrumento de política pública, com um esforço muito grande no sentido de poder apoiar o setor do turismo, pode trabalhar em parceria com o Banco de Fomento de forma a suprir algumas das lacunas de uma instituição que está a nascer, num trabalho conjunto. Quando acredita que poderá ver essa realidade, tendo em conta o contexto político do país e já tendo feito parte de um Governo, enquanto secretário de Estado do Turismo? Com o meu percurso tenho de facto a vantagem de perceber como funcionam as instituições e estas têm um ritmo que não se compadece com o ritmo da economia e das necessidades das empresas. Por isso nós, de forma muito ponderada, reforçamos esta ideia. Não sabemos o que vai acontecer em 2023, todas as perspetivas internacionais apontam alterações dos cenários registados este ano. Há um conjunto de incertezas que pairam no ar e obviamente que temos de agir. in Ambitur Leia a 2ª e a 3ª partes da entrevista.

Ler mais
A exibir 13-16 de 66 itens.