Notícias

16 June 2022
Falta de trabalhadores na hotelaria já deve ultrapassar os 15 000
Número é avançado pela Associação da Hotelaria de Portugal, apesar de ressalvar que o número pode já não estar atualizada. Com o nível da procura e a expectativa de taxas ocupação, "é natural que ainda tenha crescido mais". A hotelaria acredita que a falta de mão-de-obra já ultrapasse os 15 000 trabalhadores estimados em 2021, mas este é um problema global, lembra a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), defendendo que o Estado repense o "custo" associado a cada profissional. "Nós fizemos o último balanço em novembro, na altura do congresso [da AHP], e se pecámos foi por defeito. Na altura tínhamos dito que só para a hotelaria, diretamente, para o momento, as estimativas eram e 15 000 trabalhadores diretos", afirmou a vice-presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), Cristina Siza Vieira, em declarações à Lusa, em Lisboa. Apesar de ressalvar que o número pode já não estar atualizado, Siza Vieira referiu que face ao nível da procura e à expectativa de taxas ocupação, "é natural que ainda tenha crescido mais". No entanto, a carência de recursos humanos na hotelaria não é uma questão verificada apenas em Portugal. "Espanha diz que faltam 150 000, França 350 000 e Itália 250 000. O Reino Unido está a braços com uma das maiores crises de sempre por causa do 'Brexit' e da fuga de emigrantes. Os EUA queixam-se da mesma coisa. Miami está mesmo na rutura", apontou. Segundo a associação, isto prende-se com o aumento da carga de trabalho, causando um desequilíbrio entre a vida profissional e pessoal, embora sublinhe que os salários também aumentaram. A isto soma-se o "inverno demográfico", com o nascimento de menos bebés em Portugal, bem como a pandemia de covid-19, que levou os profissionais para outros setores. "A hotelaria sacrifica muito os nossos tempos livres. A hotelaria trabalha quando os outros estão em lazer. Depois havia também a situação dos salários baixos para a carga de trabalho, mas estão a crescer. As pessoas trabalham mais e ganham mais. Há menos pessoas, por isso, ganham mais", apontou. Para a vice-presidente executiva da AHP, mesmo que os salários continuem a aumentar, a hotelaria vai continuar a ter dificuldade em cativar mão-de-obra, uma vez que "a carga de trabalho é pesada". Assim, conforme defendeu, "é preciso gostar", mas também ter um plano de carreira e um "outro tipo de salário emocional", com recompensas e maior equilíbrio, acrescentando que este é um "momento de viragem". Cristina Siza Vieira defendeu ainda o recurso à imigração, a mobilidade entre trabalhadores, a entrada em vigor dos acordos com a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e o recurso a trabalhadores estudantes. Entretanto, na quarta-feira, o Governo aprovou um regime de facilitação para a emissão de vistos em Portugal para os Cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP). Em conferência de imprensa, após o Conselho de Ministros, na quarta-feira, a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, avançou que vai passar "a haver uma facilitação da emissão" no âmbito da concessão dos vistos de curta duração de estada temporária e vistos de residência para cidadão abrangido pelo acordo da CPLP. "O consulado pode consultar diretamente o sistema de informação Schengen. Em consequência do âmbito da concessão do visto de estada temporária e visto para cidadão estrangeiro dispensa-se agora o parecer prévio do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras que a lei atribui", explicou a ministra. Para o cidadão abrangido pelo acordo CPLP e que já se encontre em Portugal, a proposta de lei prevê "a possibilidade de requer a autorização de residência temporária em território nacional" e os titulares do visto de estada temporária ou que tenham entrado legalmente em Portugal podem requer no país a autorização de residência CPLP, indicou a governante. Em reação também na quarta-feira, Cristina Siza Vieira disse à Lusa que as medidas aprovadas para a facilitação de imigração são "fundamentais" para o setor, mas alertou que é preciso eliminar a intervenção do SEF. "É o primeiro passo para implementar o acordo de mobilidade no âmbito da CPLP", indicou, apontando que esta simplificação "no âmbito do perímetro da CPLP era fundamental e deveria apenas verificar-se aquelas condições básicas, uma promessa de contrato de trabalho, a prova de residência e o certificado de registo criminal limpo". A vice-presidente executiva da AHP sublinhou que "o trabalho é de desburocratizar e eliminar a intervenção do SEF", reconhecendo que "já foi um bocadinho tarde, mas mais vale tarde do que nunca. Para este verão já é bastante complexo, as medidas poderão estar no terreno, mas a vinda dos cidadãos da CPLP é que pode não ser tão rápida", referiu. No que se refere às soluções para mitigar a falta de trabalhadores no setor, a AHP sublinhou ainda que o "custo de um trabalhador para a empresa é pesadíssimo", devendo o Estado repensar esta questão. A AHP acredita que "ainda há muito a fazer por parte das empresas" e que a solução também pode passar pela adaptação do trabalho aos colaboradores, apesar das dificuldades que isto pode trazer para as cadeias hoteleiras. "O salário é um indicador de referência, mas também há um certo 'glamour' que um chefe tinha e tem e um 'garçon' não tem. Estas [profissões do setor da hotelaria], às vezes, são funções transitórias, o que também traz muitas dificuldades para as empresas [...]. Não sei, muito bem, quais as soluções do cardápio, mas estamos num momento de viragem e vão surgir muitas oportunidades", concluiu. Os hotéis apresentam uma taxa de ocupação entre 40% e 59% para os meses de junho a setembro, penalizada, sobretudo, pela região Centro, segundo um inquérito da AHP, divulgado em 06 de junho. Em 21 de novembro de 2021, a Associação da Hotelaria e Restauração (AHRESP) disse que faltavam mais de 40 000 trabalhadores no setor. Na mesma altura, o presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) admitiu, em entrevista à agência Lusa, que o problema de falta de recursos humanos é uma realidade no setor, onde até à pandemia até estava a ser 'sexy' trabalhar, mas que desde então ficou "congelado". Na quarta-feira, em reação às medidas do Governo, a CTP aplaudiu o decidido, mas alertou para a necessidade de desburocratizar a administração pública. Em resposta escrita à Lusa, a CTP disse congratular-se "com a medida anunciada pelo Governo de criação do visto para a procura de trabalho, que permite aos estrangeiros entrarem e permanecerem no nosso país durante seis meses, e a eliminação do regime de quotas para a imigração". No entanto, alertou o presidente da CTP, Francisco Calheiros, "para que esta medida seja efetiva é necessário que as estruturas da administração pública que terão responsabilidades nesta matéria estejam devidamente desburocratizadas e que sejam céleres na tomada de decisão, por forma a evitarem-se os problemas que existiram, por exemplo, com a emissão excecional de vistos aos cidadãos ucranianos oriundos do conflito armado". in Dinheiro Vivo, via Lusa
Ler mais

07 June 2022
Com 45 mil trabalhadores em falta no turismo hotelaria pede via verde à imigração
Hotéis estão a recorrer a horas extraordinárias para compensar falta de trabalhadores. AHP pede redução dos impostos e facilidade na contratação de estrangeiros. escassez de mão-de-obra no turismo e a inflação são as duas maiores preocupações da hotelaria nacional para enfrentar os próximos meses de verão e que podem mesmo impactar a tão esperada retoma aos níves de 2019, ano em que Portugal teve a melhor performance turística de sempre. Apesar de os turistas estarem a regressar ao país, os empresários do setor temem não conseguir dar resposta à elevada procura que se antevê para os meses de verão e a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) pede respostas: a redução da carga fiscal e a agilização da contratação de estrangeiros. Entre junho e setembro, os hoteleiros esperam, na média nacional, taxas de ocupação a atingir os 59%. Os dados são de um inquérito promovido pela AHP, apresentado ontem. A associação que representa o setor hoteleiro alerta que estas previsões são ainda tímidas uma vez que a informação foi recolhida em abril. Com as reservas de última hora a ganhar palco, é esperada uma ocupação ainda superior com os turistas a reservar as suas férias em cima da hora. Para a maioria dos inquiridos (56%) há dois problemas que ameaçam a tão esperada retoma: a falta de trabalhadores e a inflação. Relacionados Hotéis regressaram aos números de 2019 na Páscoa com ocupações e preços a subir Só o transporte de passageiros por comboio está já acima de 2019 Com uma escassez de mão-de-obra de 45 mil trabalhadores no turismo - 15 mil só na hotelaria -, a AHP alerta que os hotéis têm recorrido ao aumento dos horários do pessoal, situação que não é exequível a longo prazo. "Os hotéis estão a recorrer imensamente a horas extraordinárias. Os trabalhadores sentem esse peso porque os que estão trabalham mais. Esta é uma situação que não se aguenta muito tempo", aponta a vice-presidente executiva da AHP. Cristina Siza Vieira explica que os salários estão já a subir, como consequência da falta de profissionais, e que a tónica do problema está na exigência das horas trabalhadas. "Um dos problemas graves é o equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional. A hotelaria é muito exigente e só há uma forma de equilibrar isto, é haver mais trabalhadores", acrescenta. A possibilidade de contratar mão-de-obra estrangeira é um pedido já antigo do setor. O governo tem firmado, entretanto, acordos de mobilidade de trabalhadores com outros países, como são exemplos a Índia ou Marrocos. Na semana passada, o ministro das Finanças, Fernando Medina, garantiu, no encerramento do debate e votação na especialidade do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), que estes acordos se encontram "em estado avançado", adiantando que estão a ser negociadas novas alternativas com países como a Tunísia, a Moldávia, o Uzbequistão, a Geórgia ou as Filipinas, de forma a responder à falta de pessoal em vários setores do país. O governante relembrou que entrou em vigor, a 1 de janeiro, um Acordo sobre a Mobilidade entre os Estados-membros da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). Já a vice-presidente executiva da AHP pede uma resposta mais rápida e eficiente para a trazer os imigrantes. "É necessário agilizar os procedimentos e ter uma via verde para a imigração. Foi feito este acordo com a CPLP e, neste momento, ainda está empacado por aí, não sei aonde nem porque é que não se tem agilizado o suficiente. Os outros países também se estão a mexer para ter um pacote para cativar imigantes", avisa. Cristina Siza Vieira aponta ainda a redução dos impostos como medida essencial e urgente para ajudar as empresas da hotelaria a contratar. "É fundamental o Estado olhar para esta situação. Estamos quase numa situação de pleno emprego, recrutar mais gente vai custar mais. O Estado tem de aliviar a carga fiscal na contratação. É muito pesado contratar em Portugal. Os salários estão a subir, claramente estão, mas esta não é a única solução", indica. Preços nos hotéis podem subir até 10% A subida dos preços e os recordes da inflação são outras das preocupações dos hotéis com o verão à porta. Para a porta-voz da AHP, não há dúvidas que será inevitável refletir esses custos no consumidor. No mesmo inquérito promovido pela associação, os hotéis do Açores, da Madeira, do Algarve e do Alentejo dizem esperar vender mais caro este verão face a 2019. As restantes regiões do país preveem manter os preços praticados antes da pandemia. Reservar férias nos hotéis do país deverá mesmo ficar mais caro este ano pelos dois fatores na equação: o aumento da procura motivado pela retoma do turismo e pela inflação que poderá puxar os preços até 10%. "A inflação é refletida sobre consumidor. Os preços aumentariam sempre, mais que não fosse, pela razão da inflação. Daí os hoteleiros dizerem que o peço médio será superior porque não há outro remédio. Isto, aliado aos custos salariais e à procura do mercado, vai fazer com que os preços subam. Se os preços subirem entre 8% e 10% não estranharia", assegura Cristina Siza Vieira in Dinheiro Vivo, por Rute Simão
Ler mais
06 June 2022
Hotéis na Madeira, Açores e Algarve esperam superar receitas de 2019 no verão
Hotelaria está com taxas de ocupação entre os 40% e os 59% para o verão. Setor espera superar números de 2019 nas ilhas e no Algarve. hotelaria está com boas perspetivas para o verão. O setor está com taxas de ocupação entre os 40% e os 59% para os meses mais quentes do ano, sobretudo nos hotéis localizados nas ilhas e no Algarve. O inquérito mais recente feito pela Associação de Hotelaria de Portugal (AHP) indica que o mercado nacional vai continuar a liderar, seguido do espanhol e do francês. Para a totalidade do ano, a maioria dos players do setor acredita que será possível no final de 2022 ou início de 2023 alcançar os números registados em 2019, naquele que foi um ano recorde para o turismo nacional. Num verão que será marcado por reservas last minute, ou seja, em cima da hora, e ainda com possibilidade de cancelamento, o setor hoteleiro aponta para taxas de ocupação entre os 40% e os 59% em julho, mas também em agosto e setembro. Ainda assim, o Centro é a região “que tem perspetivas menos otimistas em termos de reservas”, explicou a CEO da AHP, Cristina Siza Vieira, esta segunda-feira, numa apresentação aos jornalistas. “Atingiremos os resultados de 2019, com exceção do Centro, que estima que a taxa de ocupação em 2022 seja pior do que em 2019, ainda que igual à de 2021”, notou a responsável. Em termos de nacionalidades, os portugueses continuam a ter um papel de peso e a marcar presença no top 3 para 80% dos inquiridos pela AHP. Atrás aparecem os turistas espanhóis e franceses, deixando o Reino Unido fora do top 3. Quanto ao preço médio, “embora a média nacional face a 2019 seja o mesmo preço médio, nos Açores, Madeira, Algarve e Alentejo vamos suplantar o preço médio de 2019“, disse Cristina Siza Vieira, ressalvando que o Centro vai igualar o preço médio de 2019. “O que se sacrificou mais na pandemia não foi tanto o preço médio. Houve uma maior quebra na taxa de ocupação do que no preço médio”, explicou a responsável. Relativamente às receitas, “sem grandes surpresas”, a associação espera “igualar as receitas alcançadas em 2019”, com a Madeira, os Açores e o Algarve com uma “expectativa de superarem as receitas médias de 2019”, indicam os dados da AHP. “Face a 2021, a única região que se destaca pela negativa é o Centro”, notou a CEO. Páscoa com taxas de ocupação superiores a 81% Os dados da Páscoa já estão fechados e o inquérito da AHP revela que a taxa de ocupação média entre 11 e 18 de abril se fixou entre os 81% e os 90% a nível nacional, sendo ainda mais elevada (91% a 100%) na região da Madeira, Lisboa, Algarve e Norte. O Centro foi a região estrela na Páscoa e a Madeira “foi a campeã em termos de taxa de ocupação”, disse Cristina Siza Vieira. Naquele período, o preço médio nacional ficou entre os 121 euros e 140 euros, enquanto Lisboa, Algarve e Alentejo tiveram um preço médio superior. A estada média fixou-se em 2,6 noites, sendo superior nos Açores, Madeira e Algarve. Para 82% dos inquiridos, o mercado nacional foi o principal mercado emissor, seguido pelo mercado espanhol. “Relativamente a 2019, já atingimos uma taxa de ocupação igual no mesmo período em 2019”, disse a CEO da associação. “O preço médio por quarto foi melhor, mas não muito melhor do que em 2021. Relativamente a 2019, atingimos o preço médio por quarto que tínhamos atingido em 2019″, notou. Retoma deverá acontecer no final de 2022 ou início de 2023 Se em 2020 apenas 1% dos inquiridos da AHP acreditava que a retoma (isto é, o regresso aos números de 2019) ia acontecer no segundo semestre de 2021, em 2021 já se contavam 36% dos inquiridos que acreditavam num retomar da atividade apenas no segundo semestre de 2022. Neste inquérito, 47% dos inquiridos apontam para o mesmo. “O grosso (…) considera que no segundo semestre de 2022 conseguiremos recuperar o ano de 2019”, disse Cristina Siza Vieira, durante a apresentação. O inquérito da AHP revela ainda que a subida da inflação e a escassez de mão-de-obra são os principais fatores apontados como constrangimentos pelo setor. A isto soma-se a instabilidade geopolítica, isto é, a guerra na Ucrânia. in ECO, por Rita Neto
Ler mais

27 May 2022
Hoteleiros apelam a intervenção do primeiro-ministro na desburocratização da imigração
Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) aponta que esteve reunido com a secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços e que um dos pontos de agenda era os Recursos Humanos que se revela crítico para a Hotelaria. A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) apelou à intervenção do primeiro-ministro na desburocratização da imigração dos países da CPLP, Índia e Marrocos, após uma reunião com a secretária de Estado, da qual os hoteleiros vieram "desapontados". Na nota divulgada esta quinta-feira, a associação referiu que se "reuniu esta semana com a secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços" e que "entre os vários pontos da agenda estava a questão dos Recursos Humanos [RH], ponto crítico para a Hotelaria". De acordo com a AHP, "a informação partilhada pela governante deixou a Associação extremamente preocupada", referindo que "os resultados da reunião não foram os esperados, uma vez que havia fortes expectativas relativamente aos 'acordos de mobilidade' que foram celebrados, quer com os países da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), quer com a Índia e Marrocos". "Esperava-se que esses acordos já estivessem a funcionar, mas não é isso que está a acontecer", lamentou. "Viemos muito desapontados, porque o caminho que já tínhamos feito na anterior legislatura foi agora interrompido. É extremamente preocupante que este tema não seja tratado ao nível do Estado como um tema central para o desenvolvimento do país", disse Bernardo Trindade, presidente da AHP, citado na nota. "Não se compreende como é que não há simplificação de procedimentos e articulação entre serviços, como os Serviços Consulares e o SEF, para simplificar e desburocratizar os circuitos da imigração dentro da CPLP, mais ainda quando Portugal e vários Estados da CPLP já ratificaram o Acordo sobre a Mobilidade", acrescentou na mesma nota. Segundo o dirigente associativo, "esta situação não se resolve de um momento para o outro" "É, aliás, um problema de fundo do nosso país, e que se projeta sobre o futuro, mas temos de o encarar como uma questão que exige um envolvimento e uma política de Estado. Quer quanto à imigração, quer quanto à fixação de pessoas no nosso território", referiu. "Sabendo que o tema da escassez dos RH para a hotelaria e turismo pressiona toda a Europa Ocidental, a AHP salienta que vários países estão a tomar medidas para lhe fazer frente, designadamente criando mecanismos de maior agilidade na captação de imigrantes", indicou ainda a associação. Assim, a AHP apela "a uma intervenção do primeiro-ministro, por considerar que este é um tema que exige clara coordenação de políticas públicas, multissetorial, o que não se alcança sem uma intervenção ao mais alto nível, como se está a demonstrar". A Associação sublinhou ainda que o turismo, "setor fundamental para a economia do país, não pode existir sem pessoas ao serviço, sendo que, neste momento, faltam cerca de 45 mil pessoas no setor, cerca de 15 mil só na hotelaria". in Dinheiro Vivo, via Lusa