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Hoteleiros apelam a intervenção do primeiro-ministro na desburocratização da imigração

Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) aponta que esteve reunido com a secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços e que um dos pontos de agenda era os Recursos Humanos que se revela crítico para a Hotelaria.

A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) apelou à intervenção do primeiro-ministro na desburocratização da imigração dos países da CPLP, Índia e Marrocos, após uma reunião com a secretária de Estado, da qual os hoteleiros vieram "desapontados".

Na nota divulgada esta quinta-feira, a associação referiu que se "reuniu esta semana com a secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços" e que "entre os vários pontos da agenda estava a questão dos Recursos Humanos [RH], ponto crítico para a Hotelaria".

De acordo com a AHP, "a informação partilhada pela governante deixou a Associação extremamente preocupada", referindo que "os resultados da reunião não foram os esperados, uma vez que havia fortes expectativas relativamente aos 'acordos de mobilidade' que foram celebrados, quer com os países da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), quer com a Índia e Marrocos".

"Esperava-se que esses acordos já estivessem a funcionar, mas não é isso que está a acontecer", lamentou.

"Viemos muito desapontados, porque o caminho que já tínhamos feito na anterior legislatura foi agora interrompido. É extremamente preocupante que este tema não seja tratado ao nível do Estado como um tema central para o desenvolvimento do país", disse Bernardo Trindade, presidente da AHP, citado na nota.

"Não se compreende como é que não há simplificação de procedimentos e articulação entre serviços, como os Serviços Consulares e o SEF, para simplificar e desburocratizar os circuitos da imigração dentro da CPLP, mais ainda quando Portugal e vários Estados da CPLP já ratificaram o Acordo sobre a Mobilidade", acrescentou na mesma nota.

Segundo o dirigente associativo, "esta situação não se resolve de um momento para o outro"

"É, aliás, um problema de fundo do nosso país, e que se projeta sobre o futuro, mas temos de o encarar como uma questão que exige um envolvimento e uma política de Estado. Quer quanto à imigração, quer quanto à fixação de pessoas no nosso território", referiu.

"Sabendo que o tema da escassez dos RH para a hotelaria e turismo pressiona toda a Europa Ocidental, a AHP salienta que vários países estão a tomar medidas para lhe fazer frente, designadamente criando mecanismos de maior agilidade na captação de imigrantes", indicou ainda a associação.

Assim, a AHP apela "a uma intervenção do primeiro-ministro, por considerar que este é um tema que exige clara coordenação de políticas públicas, multissetorial, o que não se alcança sem uma intervenção ao mais alto nível, como se está a demonstrar".

A Associação sublinhou ainda que o turismo, "setor fundamental para a economia do país, não pode existir sem pessoas ao serviço, sendo que, neste momento, faltam cerca de 45 mil pessoas no setor, cerca de 15 mil só na hotelaria".

in Dinheiro Vivo, via Lusa

 

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