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Notícias

23 December 2020

2021, o Ano da Confiança | Opinião de Raul Martins

Leia o artigo aqui [pdf] ou clicando na imagem. in Publituris Hotelaria

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10 December 2020

Um quarto dos hotéis sem previsão de reabertura

Cerca de metade das unidades hoteleiras do país está encerrada devido à falta de procura. Para quase 25% dos alojamentos, a data do regresso ainda é uma incógnita.    De portas fechadas e sem data para o próximo check-in. Segundo o mais recente inquérito da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), é este o cenário que se vive em dezenas de unidades hoteleiras de todo o país. Cerca de 45% dos estabelecimentos estão encerrados ou pretendem encerrar até ao final do ano. Destes, 23,7% não arriscam fazer previsões sobre a data de reabertura. Se 2020já pode ser dado como um “ano perdido”, nas palavras da presidente da AHP, Cristina Siza Vieira, 2021 é, para já, o ano da incerteza.    De acordo com o inquérito, que decorreu entre 13 de novembro e 2 de dezembro e abrangeu 545 estabelecimentos, o mês de março é apontado pela maior parte dos hotéis encerrados (46,4%) como o mais provável para a reabertura. O setor vai passar o inverno em “hibernação”, sublinha Siza Vieira, sendo provável que procure tirar partido da Páscoa, que no próximo ano se celebra no início de abril.    Já o Carnaval, que se assinala a 16 de fevereiro, parece estar dado como perdido: menos de 10% dos hotéis contam reabrir em janeiro e fevereiro. Em média, as unidades hoteleiras antecipam um encerramento de quatro meses, a contar desde novembro. As perspetivas são mais pessimistas nos Açores, onde o tempo estimado de encerramento chega aos sete meses. “Será um longuíssimo inverno, e as previsões para a primavera são inexistentes”, admitiu Cristina Siza Vieira. No Algarve, os hoteleiros apontam para cinco meses de encerramento. E também o Sul do país que concentra a maior parte de estabelecimentos encerrados (65%), seguido da Madeira, com 57%.    Segundo as contas da AHP, as receitas do setor deverão cair 80% em 2020, estando as perdas estimadas em 3,6 mil milhões de euros. Já as dormidas deverão ser menos 46,4 milhões face a 2019.    Para ultrapassai- o ano perdido, a associação hoteleira aponta baterias aos planos de vacinação dos principais mercados emissores de turistas. “Seria muito interessante que o reforço da imagem de Portugal e as campanhas de promoção nos mercados emissores estivessem alinhadas com os planos de vacinação desses mercados, pois sabemos que os critérios são distintos nos vários países”, defende Cristina Siza Vieira.    A responsável reconhece, porém, que o próximo ano será apenas “o princípio dos princípios” da retoma do turismo. “Se tivermos o dobro da atividade de 2020 ou metade da atividade de 2019 já será um ano bom.”     RECEITAS PERDIDAS    A hotelaria deverá registar uma quebra de receitas na ordem dos 80%, o que equivale a 3,6 mil milhões de euros.

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07 December 2020

Country Brand Awards: Portugal é eleita a melhor marca turística da Europa e a terceira a nível mundial

Os Country Brand Awards, correspondentes à categoria de promoção do turismo, reconhecem, na sua primeira edição, o trabalho de construção da marca país face ao atual período actual. Portugal lidera o ranking Europeu dos melhores países na promoção do turismo, e conquista o terceiro lugar mundial, tendo a gestão da crise do Covid-19 sido um fator importante na votação dos jurados. O Dubai foi o mais bem avaliado a nível mundial (nota média 7,75 em 10). O seu trabalho de comunicação com a campanha “Ready when you are”, assim como a integração de rígidos protocolos sanitários durante a pandemia reconhecidos pela WTTC, foram a base deste reconhecimento. Em seguida, Austrália (7,5) e Portugal (7,37), que asseguram os segundo e terceiro lugar, respetivamente, na categoria de promoção turística. Espanha, entretanto, ficou de fora do pódio, com uma pontuação de 7 em 10. Em relação aos resultados por continentes o júri dá uma média em 10: Portugal (7,37) foi o país premiado com a primeira posição na Europa, seguido por França (7,25) e Itália (7,12). Na Ásia, Médio Oriente e Oceania, o Dubai (7,75) também lidera, à frente da Austrália (7,5) e Nova Zelândia (7,25). Já o Quénia (6,37) foi o vencedor do continente africano, enquanto Marrocos (6,25) e Egipto (5,62) ocupam as segundas e terceiras posições, respetivamente. Por último, no continente americano, o Canadá (5,75) foi premiado com o primeiro lugar, seguido pela Colômbia (5,5) e Chile (5,37) e Argentina (5,37), empatados na terceira posição. Baseados num rígido processo de seleção e num sistema de votações, os Country Brand Awards avaliam os países com base em três categorias: a capacidade de gerar marca económica que inclui a atração de investimento, o fomento das exportações e a atração de talento; a construção da marca turística, condicionada pela capacidade de atrair turistas e gerar movimentação económica, somando-se ainda os conceitos intangíveis da marca país, como o fator de influência de empresas e marcas emblemáticas, os seus habitantes, a sua cultura e a influência de questões políticas e jurídicas; a gestão da crise do COVID-19 onde ganha maior protagonismo a forma como os países e as marcas protegem os cidadão. Assim, o reconhecimento dos critérios de promoção turística resulta de uma análise exaustiva das melhores campanhas de promoção do turismo nos últimos três anos e de como a atual crise sanitária tem sido gerida no terreno. O júri composto, entre outros, por Didier Lagae, especialista em Country Branding, Gema Barón, Academic directora de Marketing da Universidade de Nebrija, John Harrington e Arvind Hickman, chefe de redação e editor da PRWeek UK, respetivamente, Paul Holmes, fundador da Provoke, Holmes Report e SABRE Awards; Miguel López Quesada, presidente da Dircom, Rodrigo Villamizar-Alvargonzález, Embaixador e ex-Ministro de Energia da Colômbia, e Fathallah Sijilmassi, Embaixador de Marrocos, ex-Secretário Geral da Agência Marroquina de Desenvolvimento e Investimento (AMDIE) e ex-Secretário Geral da União pelo Mediterrâneo (UfM), avaliou os países durante os meses de setembro e outubro, considerando as campanhas de promoção turística dos últimos três anos e a gestão sanitária da COVID-19 durante a primeira vaga. Luís Araújo, Presidente do Turismo de Portugal, referiu em comunicado que «é com particular orgulho que vemos o trabalho do Turismo de Portugal reconhecido no estrangeiro, especialmente neste ano excecional. Face aos impedimentos que têm afetado a nossa indústria, o Turismo de Portugal tem implementado, desde o início, medidas para minimizar o impacto da redução temporária dos níveis de procura no turismo, apostando numa promoção ajustada ao momento, em ações pontuais em diversos mercados e, sobretudo, procurando reforçar a confiança no destino. Esta é a nossa mensagem: Portugal permanece autêntico, diverso, atractivo, inclusivo e seguro. Mantém o propósito e o compromisso de bem receber, de respeitar as diferenças e hoje, mais do que nunca, de garantir a todos que podem viajar pelo país, com segurança e confiança. Estamos à sua espera!». in Executive Digest

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02 December 2020

Cristina Siza Vieira: “Neste momento temos de abrir o nosso espaço e inventá-lo para outras funções”

A última sessão da IPDT Tourism Conference recebeu Cristina Siza Vieira, presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), que defendeu que pequenos hotéis e os maiores grupos hoteleiros estão todos “no mesmo barco” em termos dos efeitos “dramáticos” da pandemia no seu negócio. Além disso, explicou a sua posição relativamente ao uso dos hotéis para outros fins, comentando tratar-se de uma oportunidade para a sua “sustentabilidade económica”.  Cristina Siza Vieira atenta que “90% do tecido económico do país é constituído por PME’s e muitas microempresas” mas que “a coluna vertebral da hotelaria também é constituída por grandes empresas”. Recorda, a título de exemplo, que o Pestana Hotel Group sofreu uma “queda abruta” com “resultados dramáticos” em 2020. Embora este seja um grande grupo hoteleiro, tem uma “situação pesadíssima” em termos de responsabilidade social para com os cerca de 2.500 colaboradores, e famílias, que emprega.  Em suma, “estamos todos no mesmo barco” independentemente da dimensão dos negócios – todos foram afetados drasticamente pela Covid-19. Contudo, a presidente executiva da AHP admite que “são diferentes os impactos que cada empresa tem” até porque há empresas com maior “resistência” que tiveram “melhores anos, amortizaram dívida ou não contraíram nova, aproveitaram para se reestruturar e estavam a investir e alargar o seu portefólio”. Dito isto, para grandes ou pequenos, as perdas estimadas pela AHP são “brutais” apontando para uma perda de 70% das dormidas (- 40 milhões de noites) e 80% das receitas (- 3,6 mil milhões de euros). Segundo o seu último inquérito, 43% dos hotéis vão “encerrar pelo menos cinco meses” e os que não o fazem têm uma redução de 30% na sua capacidade. 50% dos inquiridos que vão encerrar unidades “poderão abrir em março de 2021”. Cristina Siza Vieira conclui, assim, que “o país não está a fechar todo à mesma velocidade” e que “o impacto destes encerramentos na hotelaria é distinto”: Lisboa, Algarve e Açores já fecharam muitos dos seus hotéis. O Norte, Alentejo e Centro estão a começar a encerrar. Além disso as cidades, como o Porto, “estão a ter um impacto brutal porque lhes falta o segmento de negócios e os eventos”. No fundo, em média, 50% das unidades hoteleiras em Portugal estão encerradas e cerca de 70% das camas “não estarão ocupadas até ao final do ano”, avança a responsável. A AHP mantém, ainda, uma “preocupação acrescida com os trabalhadores” porque depois dos “apoios usados a 100% na indústria” já começa o término de contratos a termo e cessação de outros. Cristina Siza Vieira não tem dúvidas de que “o retrato é negro”. A abertura da hotelaria a outros fins A AHP há muito que defende a utilização dos hotéis para outros fins e a pandemia só veio “acelerar” tal proposta para o Governo. A presidente executiva argumenta que “o hotel não são apenas quartos para alojamento de hóspedes” mas que, de facto, “há muito ainda em Portugal esta visão monolítica de que os quartos são para dormir e alojar turistas”. Segundo a própria, os hotéis são “mix-use” pois servem muitas outras funções, como serem espaços para “reuniões, eventos, festas de família, casamentos etc”. Há também toda uma “comunidade nómada de trabalhadores que quer estar durante mais tempo nos hotéis onde lhes é prestado determinado serviço”, unidades que podem servir, durante a época baixa de inverno, como Centros de Dia e residências para estudantes. Em tempos de pandemia, “já que temos tantas unidades de alojamento ociosas e necessidades por parte de outros prestadores de serviços”, a lei – até dezembro de 2022 – vem “permitir que estes usos possam ser praticados com contratos de alojamento de maior duração”, explica Cristina Siza Vieira. Em suma, “vem assinalar a abertura da hotelaria a outros fins”. A presidente executiva da AHP defende que “neste momento temos de abrir o nosso espaço e inventá-lo para outras funções”, sem “deixar ociosos os espaços” e fazendo “render os nossos talentos”. Além de que tal mudança permite uma “oferta mais dinâmica” e “novos fluxos de investimento”, contribuindo para a “sustentabilidade económica” dos hotéis. A responsável recorda que, atualmente, cerca de 40% das receitas da hotelaria provém de outras utilizações que não apenas o alojamento. in Ambitur

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