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20 March 2017
À conversa com Cristina Siza Vieira
Num cenário de crescimento do turismo e da boa recuperação da hotelaria, após os recentes anos de crise para o sector, falámos com Cristina Siza Vieira, Presidente da Direção Executiva da AHP - Associação da Hotelaria de Portugal. Os grandes desafios do sector, a eclosão do Alojamento Local e os seus efeitos, a formação profissional, ou a presença na BTL 2017 foram os temas fundamentais desta entrevista. O turismo está claramente em alta. A situação da hotelaria reflecte esse bom momento? O período entre 2008 e 2012 foi particularmente negativo para a nossa economia e o turismo foi, no quadro das exportações, o sector com um dos melhores desempenhos. A hotelaria, por sua vez, viveu anos muito difíceis. Desde 2004 dispomos de uma ferramenta, o Hotel Monitor, que mede a performance dos vários tipos de estabelecimentos hoteleiros, como a taxa de ocupação, preços médios, RevPAR, estada média, etc. Os dados estatísticos recolhidos ao longo deste período demonstram que, depois desses anos muito negativos, e apesar de uma ligeira melhoria em 2014, apenas a partir de 2015 se regista uma clara recuperação da hotelaria, voltando aos valores de 2007. Estes últimos anos foram sobretudo essenciais para o balanço, para “oxigenar” a tesouraria e permitir responder melhor ao serviço da dívida. Estamos no bom caminho para vir a sustentar um quadro de robustez financeira das empresas turísticas. E 2017 perspectiva-se como um bom ano? O que se perspectiva para 2017 é um claro crescimento dos principais indicadores operacionais, ou seja, taxa de ocupação e preço. Para termos uma ideia, no ano passado a taxa de ocupação na hotelaria subiu 5%, para 68%, o preço médio de quarto vendido subiu em média 7,6%, fixando-se nos 80 euros e o RevPar, que é o indicador que melhor prova a rentabilidade (a relação entre a taxa de ocupação e o preço), subiu 13%, fixando-se nos 55 euros. Claro que com os destinos principais a “puxar” os resultados – Lisboa, Madeira, Algarve – mas também com um muito bom desempenho do Porto, que é um destino fantástico e com um crescimento notável, assim como o Alentejo e a zona Centro, mais em razão do mercado nacional. Outro destino a crescer sustentadamente, muito por força da abertura do espaço aéreo, é o arquipélago dos Açores, um dos melhores destinos de natureza do mundo. Quanto a desafios, permanecem os do costume: a procura tende a concentrar-se no tempo e no espaço. Daí ser essencial trabalhar os destinos mais sazonais, como é o caso do Algarve – onde, felizmente, se estão a criar iniciativas, por parte das entidades públicas e privadas, que permitem uma distribuição da procura durante todo o ano, para além da exclusiva motivação “sol e praia”. Por outro lado, criar estímulos para uma melhor distribuição no território nacional durante todo o ano, e particularmente na época alta, onde há uma grande concentração no sul do país. E em relação a Lisboa, quais são os problemas? Em Lisboa os desafios são outros. Uma primeira questão, premente, é a do aeroporto. Lisboa tem crescido bastante, porque tem distribuído durante todo o ano vários eventos, congressos e incentivos, para além de ser uma cidade de lazer. Nota-se agora a captação local de uma segunda residência, nomeadamente de franceses, o que alimenta um fluxo muito importante. O perigo de estrangulamento aeroportuário afecta a região e o país. É uma barreira ao crescimento. E a solução já tomada em relação ao Montijo estará concluída dentro de quatro ou cinco anos. Vamos ver… E o Alojamento Local, dentro do conceito de low cost, que implicações tem tido sobre a hotelaria? Primeiro que tudo, importa referir que o low cost nos transportes aéreos foi, desde logo, uma forma de “democratizar” as viagens e trazer importante fluxo turístico para o nosso país. Por outro lado, algo que já sabemos é que o viajante das companhias low cost não procura necessariamente alojamento low cost. Quanto ao alojamento local (AL), trata-se de um tipo de alojamento que não está formalmente dentro do leque dos empreendimentos turísticos, embora sirva o mercado do alojamento turístico. Este tipo de alojamento, sobretudo urbano (Lisboa e Porto), não veio propriamente retirar mercado à hotelaria tradicional, uma vez que a taxa de ocupação tem crescido para todos, o número de hotéis também cresceu e prevê-se a construção de novas unidades. Segundo um estudo desenvolvido pela Nova School of Business and Economics e pela Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, encomendado pela AHP, e lançado em novembro de 2016, revelou-se que o ponto crítico não é tanto o equilíbrio entre o AL e a hotelaria, mas sim e entre o AL e a habitação. Verificou-se que há um desvio muito importante relativamente ao número de fracções registadas no Registo Nacional do Alojamento Local e aquelas que figuram em plataformas on-line, ilegalmente, que é da ordem dos 40%. O estudo indica o peso excessivo do AL em algumas freguesias de Lisboa e o grande aumento directo das rendas e no preço dos imóveis em Lisboa, também na sequência da alteração da Lei do AL de 2014. É inegável que o AL trouxe um refrescamento ao nível do património que se reabilitou o e deu também nova vida às cidades de Lisboa e Porto. Contudo, dadas as regras com que o AL opera no mercado, talvez fizesse sentido que este migrasse para o leque dos empreendimentos turísticos, ao mesmo tempo que se aliviassem os requisitos destes últimos. Ou seja: as facilidades de instalação e de funcionamento do AL devem ser estendidas a todos, em vez de se manterem dois pesos e duas medidas para o alojamento turístico. Isto vale para as regras de segurança e de higiene, por exemplo. Não faz sentido que um turista utente de AL não usufrua das mesmas regras de proteção oferecidas por um hotel. Mas também vale para as obrigações fiscais ou cumprimento de regras perante a administração pública. Há aqui uma questão de regulação do mercado. Há espaço para todos, mas de forma regulada e ponderada, até porque Lisboa não está a perder turistas. Precisa, sim, de captar e fixar habitantes. E quais as prioridades de actuação da Associação da Hotelaria de Portugal? Temos várias frentes de actuação, como qualquer associação patronal. Há uma primeira necessidade que é a de conhecer o mercado e identificar quais são dossiers que têm mais impacto no crescimento da indústria; ou seja: conhecimento e informação. Daí a ferramenta Hotel Monitor, que permite conhecer a performance em cada momento nos destinos e nos hotéis, pelas diferentes categorias e que constitui uma ferramenta importante de gestão e de investimento. Depois temos um outro nível de intervenção: a sensibilização junto do poder político e dos órgãos de decisão para criarmos as melhores condições e o melhor quadro económico, social, laboral e jurídico de funcionamento da nossa actividade. Outra área indispensável é a formação. Esta passa por vertentes como a capacitação dos hotéis para o digital, particularmente nas regiões de convergência, e pelas necessidades em termos teóricos e técnicos dos trabalhadores dos hotéis, assim como a formação no domínio financeiro. Não menos importante é a dimensão da responsabilidade social e ambiental dos empresários. Por isso a AHP tem em curso um programa que nasceu com o projeto “1 Colchão, 1 Coração”, ativo desde 2013, que envolve um grande número de hotéis e que consiste na doação de bens e equipamentos que os hotéis renovam periodicamente (como colchões, cobertores, lençóis, eletrodomésticos, móveis, etc.) e que ao abrigo de protocolos celebrados com diversas instituições de solidariedade social, são reintroduzidos na economia social através da AHP. Por fim, quais são os objectivos da presença da AHP na BTL? A BTL é de facto a grande oportunidade de todos os sectores e subsectores da actividade turística estarem juntos. A AHP está sempre presente quer como ponto de encontro dos hoteleiros entre si, incluindo os que não têm stand no certame, quer de parceiros e fornecedores da indústria. De resto, os vários seminários que ocorrem na BTL são momentos importantes de partilha de conhecimento. Como é hábito, a AHP organiza uma conferência do seu ciclo “Balanço & Perspetivas”. Este ano terá como tema “Portugal & Espanha: Balanço, perspetivas e tendências na hotelaria”. Como é que Espanha e Portugal têm crescido, em que mercados, segmentos, como se posicionam para o futuro, que desafios estão a considerar. Será nosso convidado Jesús Gatell, membro da Direção da CEHAT – Confederación Española de Hoteles y Alojamientos Turísticos e Vice-presidente do ITH - Instituto Tecnológico Hotelero. Esta é uma aproximação essencial e uma oportunidade importante para conhecer melhor a performance do país vizinho, quer enquanto concorrente, quer enquanto mercado emissor fundamental, quer, finalmente, numa visão de Espanha e Portugal como destinos turísticos que podem cooperar na captação de novos e emergentes mercados. in Atualis por Manuel Paquete
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20 March 2017
Não são só mais pessoas, hotéis com melhores registos desde 2007
Hotéis portugueses mais cheios no ano passado. Associação da Hotelaria encontrou o melhor registo desde o melhor ano: 2007 Os registos obtidos pela hotelaria em 2016, seja pelo preço médio ou taxa de ocupação, foram os melhores desde que a AHP faz a monitorização mensal de dados. “Em 2016, as unidades hoteleiras ultrapassaram os dados históricos de 2007 em todos os indicadores, fazendo do ano que passou o melhor da história do hotel monitor.” No ano passado, altura em que o Turismo português moveu 19 milhões de pessoas, a taxa de ocupação média por quarto foi de 68%, mostra a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP). Isto representa uma subida de 3 pontos percentuais face a 2015 e ultrapassando pela primeira vez os tais resultados históricos e tomados como “a referência para a hotelaria” de nove anos. Os resultados, apresentados esta quinta-feira na Bolsa de Turismo de Lisboa, assumem maior expressão depois de, no ano passado, terem aberto 75 novos estabelecimentos hoteleiros, o que resultou em novos 6620 quartos para preencher. A isto juntou-se o crescimento do alojamento local, realidade que o AHP Monitor não contabiliza. Face a 2007, a AHP regista uma subida da oferta de 77%, destacou esta quinta-feira Cristina Siza Vieira, presidente executiva da AHP. No registo ainda de 2016, a Madeira foi a região do País com melhor taxa de ocupação, um total de 82%. Seguiu-se Lisboa com 77% e Porto com 73%. Açores, Madeira e Oeste também tiveram os hotéis mais cheios. “Estamos a optimizar a oferta existente”, salientou também Cristina Siza Vieira, destacando uma recuperação do setor para que a oferta e a procura estejam mais ajustadas. “O ano foi positivo em todos os meses do ano”, acrescentou ainda a responsável. Apesar disto, “houve um mês muito interessante em vários destinos que foi novembro, e que não foi apenas para Lisboa, mas também no Porto”, destacou. Ao nível do preço médio por quarto ocupado, o ano de 2016 teve um saldo positivo em todos os destinos, alcançando os 80 euro, “valor nunca antes obtido a nível absoluto, e que se traduz num crescimento de 8% face a 2015. Lisboa acompanhou o crescimento percentual, que catapultou o preço para 93 euros, o valor mais elevado do País. O Porto, por sua vez, teve um registo de 73 euros o segundo maior crescimento homólogo do País – 12%. A recuperação do setor tem-se feito pelo preenchimento dos hotéis. “2009 a 2012 foram de facto anos negros para o setor e só começámos a por a cabeça de fora em 2013”, assumiu Siza Vieira. Não é só o preço por noite: “o gasto médio do turista por hotel tem tendência para crescer, assim haja produto para oferecer”, destaca a AHP, que contabilizou um valor médio de 116 euros. in Dinheiro Vivo por Ana Margarida Pinheiro
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20 March 2017
Em 2016 as unidades hoteleiras ultrapassaram os números de 2007
No ano de 2016, as unidades hoteleiras em Portugal ultrapassara os dados referentes ao ano de 2007, que tinha sido até hoje, o melhor ano de sempre do turismo nacional. Os dados da plataforma Hotel Monitor, foram divulgados hoje pela AHP, durante a BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa e referem que a Taxa de Ocupação média atingiu os 68% a nível nacional, ultrapassando pela primeira vez o ano de 2007 que tinha registado 67%. Neste indicador, a Madeira lidera a lista, com uma taxa de ocupação de 82%, seguida de Lisboa, com 77%, o Grande Porto, com 73% e, por fim, o Algarve, com 65% na taxa de ocupação anual. Relativamente ao preço médio por quarto ocupado, o ano de 2016 apresentou um saldo positivo, alcançando os 80,2 euros a nível nacional, o que se traduziu num aumento de 7,6% em relação a 2015. Lisboa e Algarve ocupam o topo da lista, com o preço médio a fixar-se nos 93 euros. Seguiu-se Estoril e Sintra, com um preço médio de 85 euros e o Grande Porto, com 73 euros. Por outro lado, em relação ao RevPar, registaram-se aumentos a dois dígitos em todos os destinos portugueses, fixando-se uma média anual nos 55 euros, mais 13% do que em 2015. Em termos de variação, as melhores performances assinalaram-se no Alentejo e Grande Porto, ambos com 17% do crescimento. Finalmente, quanto ao peso das dormidas por nacionalidade, tanto o Reino Unido como a Alemanha registaram um peso de 15% no total de dormidas. A França ocupou o terceiro lugar, com um total de 6% das dormidas, ultrapassando pela primeira vez a Espanha, que ficou ligeiramente abaixo dos 6%. O peso das dormidas de nacionais nos hotéis portugueses desceu de 30% em 2015 para 27% em 2016. in Ambitur
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20 March 2017
Hotéis fecharam 2016 com 68% de taxa de ocupação
Os hotéis em Portugal registaram uma taxa de ocupação por quarto média, em 2016, de 68%, um aumento de três pontos percentuais face ao ano anterior, de acordo com o Hotel Monitor de balanço final de 2016, apresentado esta quinta-feira por Cristina Siza Vieira, presidente-executiva da AHP – Associação da Hotelaria de Portugal. Segundo os dados apresentados no segundo dia da BTL, a Madeira foi o destino com a taxa mais elevada 82%), seguindo-se Lisboa (77%) e Porto (73%). O preço médio por quarto ocupado (ARR) foi de 80 euros a nível nacional, mais 8% que em 2015 e um recorde absoluto. Lisboa e Algarve verificaram o valor mais elevado, de 93 euros, que representou aumentos de 8% e 10% respectivamente. O RevPar nos hotéis portugueses aumentou dois dígitos em todos os destinos, exceptuando Estoril/Sintra, onde o índice cresceu 7%, fixando a média nacional em 55 euros, mais 13% que em 2015. Lisboa liderou o ranking com 72 euros, seguida do Algarve, com 60 euros, e Estoril/Sintra com 55 euros. O peso das dormidas de nacionais nos hotéis portugueses desceu de 30% em 2015 para 27% em 2016 e as dormidas do estrangeiro chegaram aos 73% (70% em 2015). Em termos de hóspedes, 37% foram nacionais (39% em 2015) e 63% foram estrangeiros (61% no ano anterior). O Reino Unido como a Alemanha registaram um peso de 15% no total de dormidas e França ocupa o terceiro lugar da tabela, com um total de 6% das dormidas, ultrapassando pela primeira vez Espanha, que ficou ligeiramente abaixo dos 6%. No ano em análise, o lazer, recreio e férias foi a principal motivação das dormidas, com 79% e um aumento de 2 p.p. face a 2015. A motivação negócios/profissionais decresceu 3 p.p., registando 11%, e as outras motivações subiram 1 p.p. alcançando os 10%. As agências/operadores turísticos foram o principal canal de distribuição de dormidas nos hotéis nacionais, com um peso de 45% (mais 10 pontos percentuais do que em 2015), seguido do directo, com 20% (menos 3 pontos percentuais). O Hotel Monitor da AHP analisa e indagou apenas unidades hoteleiras, não fazendo parte deste universo qualquer outra categoria de alojamento turístico, como sejam as aparthotéis e pousadas. in Publituris por Patrícia Afonso