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16 April 2017
Alojamento Turístico nas cidades aumenta 50%
Porto e Lisboa, sobretudo, batem sucessivos recordes no turismo. Mas estará a pressão imobiliária exercida sobre os centros históricos a tornar insustentável esta estratégia? As boas notícias têm sido uma constante. Lisboa e Porto batem sucessivos recordes no turismo. Em 2016, o setor da hotelaria chegou aos píncaros e o alojamento local também disparou. Só no Airbnb, líder de mercado das plataformas de reserva online, Lisboa regista 9984 anúncios ativos e o Porto tem 3883, segundo dados do site AirDNA. Em 2016, foram registados 13 mil novos alojamentos locais, mais 50% do que existia entre 2008 e 2015. A par das consequências positivas, começará a pressão sobre os centros históricos a ser insustentável? As opiniões dividem-se, mas o próprio Governo diz ser necessário combater o atual desequilíbrio. Até ao final de março, o Registo Nacional do Alojamento Local identifica 39 507 estabelecimentos em Portugal. Entre 1 de janeiro e 31 de março, foram efetuados 414 registos de alojamento local no Porto e 723 em Lisboa, inúmeros com o mesmo promotor e no mesmo edifício - fora desta contabilidade ficam os ilegais. De acordo com o estudo "Alojamento Local - Qual o Fenómeno?", encomendado pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) às faculdades de Direito e de Economia da Universidade Nova de Lisboa, o alojamento local tem um peso cada vez maior sobre o mercado imobiliário. Na capital, há freguesias onde representa mais de 20% do total de fogos disponíveis. É o caso de Santa Maria Maior, onde se concentram os bairros de Alfama e Mouraria, com 22% de casas registadas no Airbnb. No Porto, a União de Freguesias de Cedofeita tem 11% das habitações naquela plataforma. Aliás, uma reportagem publicada pelo JN a 14 de março dava voz a habitantes mais antigos da Baixa que se queixam da pressão imobiliária asfixiante, com inúmeras propostas para deixarem as suas casas, e da falta de alternativa devido às rendas cada vez mais altas. Recentemente, foi até criada no Facebook uma página intitulada "Cartas ao Rui" [Moreira, presidente da Câmara do Porto] que acolhe relatos desse assédio imobiliário. À semelhança do que acontece em Lisboa - que em janeiro de 2016 começou a aplicar uma taxa municipal turística, que nesse ano rendeu à Câmara 12,4 milhões de euros -, o autarca portuense já assumiu que, se ganhar as eleições deste ano, vai propor a criação de uma taxa turística no Porto no próximo mandato, cuja receita servirá para reequilibrar os efeitos do turismo na cidade. Mas se uns se queixam do impacto negativo, outros encontram uma oportunidade. É o caso de Jorge Rodrigues, 40 anos. Licenciado em Engenharia e em Economia do Ambiente, trabalhou 12 anos em projetos de avaliação de impacto ambiental até que se viu desempregado. Assim nasceu, em 2015, a Porto City Hosts, uma empresa de promoção e gestão de imóveis que liberta o proprietário de todos os trabalhos associados, desde as reservas até à receção dos hóspedes, passando pela limpeza e manutenção. "O meu negócio é fruto da crise. Como também tinha uma pós-graduação em gestão de imóveis, usei as armas que tinha para me dedicar a novos projetos", conta ao IN Urbano. "Começámos do zero. Tínhamos apenas uma ideia". Uma ideia e um manancial de mais-valias da cidade; "cultura, história, gastronomia, língua e, muito importante, segurança. Faltava apenas que o Mundo olhasse para nós". E olhou. Sucessivamente eleito como Melhor Destino Europeu, o Porto conseguiu vender-se a gente de todas as latitudes. Não só a turistas, mas também a investidores estrangeiros. Jorge tem cerca de 30 clientes de quatro continentes; Europa, América, Ásia e África. Este tipo de alojamento tem sido cada vez mais pro curado, o que, segundo Ricardo Macieira, responsável da Airbnb em Portugal, também se explica pela entrada em vigor da nova regulamentação sobre o alojamento local. O Porto "tem vindo a crescer como destino turístico", mas a Airbnb diz não ter dados "que permitam avaliar se existe um crescimento no preço dos alugueres e quais as razões. A existir, é algo que sucede sempre em todas as grandes cidades atrativas onde as pessoas querem viver", diz. Pedro Feitosa, 50 anos, é um turista profissional do Porto. Chegou pela primeira vez em 1986 e desde então voltou quatro vezes, conta o brasileiro. Nunca se hospeda em hotéis, gosta de "ficar no lugar". "Gosto de me sentir um morador, de fazer compras no supermercado, cozinhar, andar nos transportes públicos, ver o comportamento dos habitantes e tentar agir um pouco como eles", conta, entre risos. Metro à porta É cliente assíduo das plataformas de reserva online. Costuma recorrer ao Booking, mas desta vez tratou de tudo através da Home Away e acabou por não ficar no Porto, mas do outro lado da ponte Luis I, em Gaia. "Não é distante e tenho o metro à porta". Está muito satisfeito com o seu Tl kitchenette. lá ouviu "falar sobre essa invasão de turistas" e as suas consequências mas confessa não ter grande noção do fenómeno. O Porto, esse, está diferente, "maior", mas "preserva os monumentos arquitetónicos e o centro antigo". E encontrou algo "fantástico", o metro, até já tem um cartão mensal. Um dia, quem sabe, volta de vez. Apesar de ter ajudado a inverter uma trajetória de declínio e desertificação dos centros históricos, entre outras consequências positivas, o rápido aumento dos alojamentos locais está a provocar desequilíbrios, como a redução dos imóveis para habitação e o aumento dos valores praticados, afastando moradores dos centros históricos, admite o secretário de Estado Adjunto e do Ambiente. losé Mendes garante que o Governo está atento ao fenómeno e tem tomado medidas no sentido de contrariar essa tendência [ler entrevista]. Opinião diferente tem Adolfo Mesquita Nunes, para quem a desertificação dos centros e o deficiente mercado do arrendamento "são dois problemas históricos, com raízes muito anteriores ao crescimento do turismo". O antigo secretário de Estado do Turismo, o grande responsável pela reforma e liberalização do mercado, não põe de parte eventuais efeitos desse crescimento, mas considera que as suas razões têm de ser encontradas antes, "nomeadamente no quadro fiscal e legal do arrendamento e na escassez da oferta". "Nenhum proprietário é obrigado a arrendar e só o fará se essa for uma opção substancialmente mais atrativa", diz. Para o ex-governante, o alojamento local "existia antes da lei, existe em países que o limitam, e continuará a existir enquanto o arrendamento continuar a ser um risco substancialmente maior para os proprietários (razão pela qual há estudos que mostram que o alojamento local teve forte incidência em casas que estavam vazias)". Assinala ainda que contribuiu para a regeneração urbana. No mesmo sentido vai o entendimento da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal. Em março, a APE- MIP anunciou que o Porto é o distrito com maior procura imobiliária no mercado residencial em 2017, situando-se nos 39,6% (aumentou 17,5%), ultrapassando Lisboa em que foi de 23,1%. Acerca do alojamento local, Luís Lima considerou que este ajudou à reabilitação das cidades e, se houve casas a migrarem para os arrendamentos de curta duração, é porque "não foram criados incentivos fiscais para tornar o arrendamento tradicional mais compensador". in Jornal Notícias por Joana de Belém
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11 April 2017
Hotéis dos Açores com taxas de ocupação para a Páscoa a rondar os 100%
O delegado nos Açores da Associação de Hotelaria de Portugal (AHP) afirmou que os hotéis na região estão com uma taxa de ocupação a rondar os 100%, esperando-se "um dos melhores" meses de abril de sempre. "Os dados do mês de abril são bastantes positivos e podemos afirmar que será um dos melhores meses de sempre no turismo dos Açores", declarou à agência Lusa Fernando Neves. O empresário de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, salvaguardou que, apesar de a oferta de quartos nos Açores estar a aumentar, através do surgimento de novas unidades hoteleiras, todos os hotéis estão com uma ocupação superior à Páscoa de 2016. O responsável frisou que a procura "cresceu bastante" em relação aos anos anteriores e que "as expectativas dos clientes sobre os Açores estão a aumentar". Fernando Neves afirmou que, contrariamente ao que acontecia no passado, os Açores já são um destino procurado na Páscoa, também "devido à sua beleza, clima ameno e pela curiosidade que está a despertar". O responsável referiu que são agregados familiares os que procuram o arquipélago pela Páscoa, sendo o continente o principal mercado emissor de turistas para os Açores. "Os alemães também estão em crescimento, havendo nesta altura bastante procura por grupos alemães", declarou Fernando Neves, que acredita que os Açores já são dos principais destinos nacionais de Páscoa. O presidente da mesa do turismo da Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada declarou, também em declarações à Lusa, que "todos os indicadores são positivos" em relação à procura turística da Páscoa. Mário Fortuna adiantou que as principais agências de reserva apontam que "Ponta Delgada, de forma particular, é um dos destinos mais procurados a nível nacional", o que surge na sequência da "maior disponibilidade de lugares a nível dos transportes aéreos, a preços cada vez mais competitivos". "Tudo se conjuga para que a Páscoa deste ano tenha um excelente registo em termos de passageiros desembarcados como de dormidas", disse Mário Fortuna, que salvaguardou que não está a ser contabilizado na "estatística imediata" da hotelaria tradicional o alojamento local. Mário Fortuna referiu que os Açores estão a beneficiar da abertura do espaço aéreo e consequente redução das tarifas aéreas, estando a "ganhar cada vez mais notoriedade" no mercado. Segundo a plataforma Trivago, Ponta Delgada está entre os dez destinos mais procurados pelos nacionais para férias de Páscoa, sendo Londres a cidade mais procurada, a par de Albufeira, Porto, Madrid, Amesterdão, Paris, Roma, Lisboa e Barcelona. in RTP
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04 April 2017
Proteção de dados: coimas podem chegar aos 20 milhões de euros
A indústria hoteleira tem vindo a analisar as alterações ao Regulamento Geral de Proteção de Dados, particularmente os impactos esperados para esta atividade. Especialistas e empresários reuniram e deixam ficar o alerta para as altas coimas que podem ser aplicadas. A AHP – Associação da Hotelaria de Portugal realizou recentemente um sessão de esclarecimentos dedicada ao dossiê que está na ordem do dia: “Regulamento Geral de Proteção de Dados: que impactos na indústria hoteleira”, com o objetivo de debater as principais alterações que este regulamento impõe na atividade hoteleira. Sobre o novo Regulamento, Cristina Siza Vieira, presidente da Direção Executiva da AHP, frisa que vem impor “uma mudança radical de paradigma, e é importante começar a assimilá-lo desde já nas boas práticas internas das unidades ou grupos hoteleiros, para os quais a recolha e o tratamento de dados pessoais constituem o core da atividade”. As implicações deste regulamento, reforça, são “enormes e têm, em alguns casos, contornos ainda imprevisíveis. É por isso que a AHP se está a debruçar desde já sobre o assunto, de forma a promover junto dos seus associados uma implementação atempada e responsável das medidas previstas”. Esta sessão contou ainda com as presenças de João Luís Traça, responsável por Privacidade & Proteção de Dados da consultora Miranda & Associados e de Joana Mota Agostinho, Head do Departamento de Privacidade & Cibersegurança da CTSU, uma consultora da rede Deloitte. Frisando a necessidade de as empresas começarem desde já a trabalhar na implementação das medidas previstas neste regulamento, que será de aplicação direta em todos os Estados Membros a partir de maio de 2018, Joana Mota Agostinho deu ainda nota de que o seu incumprimento implicará coimas que podem chegar a 20 milhões de euros ou a 4% do turnover global da empresa. Já a intervenção de João Luís Traça focou particularmente o facto de o novo Regulamento assentar no pressuposto de que o direito à privacidade é um direito fundamental, pelo que redefine o conceito de dado pessoal, alargando-o a “toda e qualquer informação que seja passível de identificar uma pessoa”. Por outro lado, também os direitos dos titulares dos dados foram reforçados: o regulamento institui a obrigatoriedade de consentimento informado explícito, por oposição ao racional de consentimento tácito, introduz uma extensão aos direitos ARCO – Acesso, Retificação, Correção e Oposição – através do direito ao esquecimento, e da introdução do direito à portabilidade dos dados. in Jornal de Notícias por Sónia Bexiga
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31 March 2017
Hotelaria espera os melhores resultados de sempre
Hotelaria espera os melhores resultados de sempre Gasto médio nos hotéis tende a crescer. Associação da Hotelaria de Portugal estima novo recorde na Páscoa. Este ano será "de novos recordes" para o setor hoteleiro, prevê Raúl Martins, presidente da AHP. O responsável falava na apresentação da conferência "Portugal & Espanha: Balanço, Perspetivas e Tendências da Hotelaria", que decorreu na BTL, em Lisboa. Isto porque 2016 foi o melhor ano da história do Hotel Monitor, inquérito realizado pela AHP junto dos seus associados, ultrapassando mesmo o ano de 2007, historicamente o melhor ano do setor. No ano passado, as unidades hoteleiras ultrapassaram os dados históricos de 2007 em todos os indicadores. A taxa de ocupação por quarto atingiu os 68% a nível nacional em todas as categorias, mais 3% que em 2015, e a procura bateu recordes, apesar do aumento da oferta. Só em 2016 abriram 75 estabelecimentos hoteleiros, num total de 6620 quartos de hotel. No final do ano, a AHP quantificava 1238 hotéis. Todos os destinos registaram aumentos a nível do preço médio por quarto ocupado, que chegou aos 80 euros a nível nacional, valor que ainda não tinha sido atingido a nível absoluto, mais 8% que no ano anterior. Também o RevPar cresceu a dois dígitos em todos os destinos à exceção do Estoril/Sintra, que cresceu 7%, fixando a média nacional nos 55 euros, mais 13% que no ano passado. Em 2016, mais estrangeiros visitaram o país, ganhando terreno nas dormidas e hóspedes em detrimento do mercado nacional, representando 73% do total. Reino Unido e Alemanha foram os principais mercados emissores, seguidos pela França e por Espanha. Forte expetativa para a Páscoa Depois de um período de Carnaval positivo, os hoteleiros esperam uma Páscoa ainda melhor, num ano que se prevê que seja de novos recordes para a hotelaria nacional. Um inquérito da AHP, feito aos seus associados, revela que, no período de Carnaval, 66% das unidades hoteleiras inquiridas obtiveram uma melhor taxa de ocupação este ano e um melhor preço médio (64%) que em 2016, bem como um melhor RevPar (65%), e agora preveem que a Páscoa seja ainda melhor. Para o fim de semana de Páscoa, de 13 a 15 de abril, as expetativas são de valores mais elevados face ao ano passado em quase todos os indicadores, com destaque para o preço médio por quarto ocupado, receita de alojamento, RevPar e a receita total. O Algarve é a região mais otimista em relação ao fim de semana em causa. 70 novos hotéis até 2019 Portugal deverá ter 70 novos hotéis até 2019, acrescentando à oferta atual cerca de 5600 quartos. A consultora Cushman & Wakefield, no seu "Business Briefing – Atividade Turística Portugal", "mais um ano recorde para o turismo", com crescimentos próximos dos dois dígitos em número de visitantes e estadias. Segundo esta publicação, os turistas estrangeiros representam 72% das dormidas no país, sendo que a região da Madeira, Algarve e Lisboa são as mais concorridas, ao invés do Alentejo e da região Centro. O Reino Unido é o principal emissor, com 24% de todos os visitantes estrangeiros, seguido pela Alemanha, com 14%, e de Espanha com 10%. Gastam uma média diária em Portugal de 114 euros. in Vida Económica