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Siza Vieira: "É possível chegar ao final do ano com a receita turística na casa dos 9 mil milhões"

Titular da Economia também se mostra otimista quanto ao crescimento da economia portuguesa para este ano, admitindo que "se aproxime mais dos 5% do que dos 4%". PIB acelerou mais de 15% no segundo trimestre.

o plano de reativação do turismo, apresentado em maio, o governo já tinha inscrito a meta de nove mil milhões de euros em receita turística para este ano. No arranque de agosto, e após um mês de julho com restrições para tentar travar a pandemia, o ministro da Economia continua a acreditar que esta cifra pode ser alcançada no acumulado do ano. Quanto ao crescimento da economia portuguesa, Siza Vieira reitera a posição já admitida pelo Executivo que o produto interno bruto (PIB) pode ficar acima de 4% em 2021.

"Tivemos um primeiro trimestre severo. O segundo trimestre foi superior ao que tivemos em 2020. Continuamos a achar que é possível chegar ao final do ano com a receita turística na casa dos nove mil milhões de euros, que é um crescimento de cerca de 10% face a 2020", disse o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, durante um webinar promovido pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP).

Em 2019, ano antes da pandemia e de recordes para a atividade turística, as receitas turísticas superaram os 18 mil milhões de euros. No ano passado, e devido aos efeitos da pandemia, as receitas sofreram uma quebra acentuada para 7,7 mil milhões de euros. O governo estima que este ano, este indicador, fique cerca de 10% acima do registado em 2020, mantendo - segundo o plano de reativação do turismo - uma trajetória de crescimento até 2027, ano em que deverá ascender a mais de 27 mil milhões de euros.

Crescimento económico de quase 5%

Na semana passada, o INE divulgou a sua estimativa rápida onde indica que economia portuguesa cresceu a dois dígitos entre abril e junho, com uma aceleração homóloga de 15,5%, representando o maior crescimento trimestral desde 1996, ano que a se referem os primeiros dados estatísticos oficiais. "O Produto Interno Bruto (PIB), em termos reais, registou uma variação homóloga de 15,5% no 2º trimestre de 2021 (-5,3% no trimestre anterior)", referia o gabinete de estatística.

Aquando da apresentação destes números, o ministério das Finanças indicava que: "Portugal atinge o nível mais alto do PIB desde o início da pandemia, o que confirma a forte retoma económica em Portugal e a perspetiva de que com o avanço da vacinação e o controlo da situação pandémica, seja possível ultrapassarmos a estimativa de crescimento de 4% apresentada no Programa de Estabilidade".

O ministro da Economia mostrou-se nesta quarta-feira otimista quanto à evolução económica.

"Quando o governo apresentou, em abril, o Programa de Estabilidade previu que tivéssemos um crescimento de 4% no acumulado de 2021. Já tivemos oportunidade de dizer que, face ao comportamento que tivemos no segundo trimestre, que surpreendeu todos os observadores, é mais provável que o crescimento da economia se aproxime mais dos 5% do que dos 4%", disse Siza Vieira.

"Julgamos que apesar do impacto que, em julho, as novas medidas restritivas tiveram sob a atividade económica, pensamos que essa perspetiva mais positiva ainda está ao nosso alcance", rematou.

in Dinheiro Vivo, por Ana Laranjeiro

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