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21 September 2017
Congresso da Associação de Hotelaria de Portugal sob o lema "Descobriram Portugal. E agora?!"
O 29º Congresso da Associação de Hotelaria de Portugal (AHP) será subordinado ao tema "Descobriram Portugal, e agora?", porque "as pessoas estão a descobrir Portugal". Foi apresentado a bordo de um veleiro o programa do 29º Congresso da AHP, sob o lema "Descobriram Portugal. E agora?!", uma vez que "as pessoas estão a descobrir Portugal", afirmou o Presidente da Associação Raul Martins. Para Cristina Siza Vieira, directora executiva da AHP, "o logo é muito evidente do que é o nosso congresso", ou seja a "bussola que nos indica o Norte". Este congresso acontece "no ano em que a hotelaria portuguesa regista um excelente desempenho e o turismo consolida posição de destaque na economia nacional", explica a Associação num comunicado entregue aos jornalistas. O 29º Congresso da AHP irá receber mais de 450 congressistas, 30 empresas e 30 oradores, ao longo de três dias, no Convento de São Francisco, em Coimbra de 15 a 17 de Novembro. Os oradores em destaque são: Augusto Santos Silva, Ministro dos Negócios Estrangeiros e Vice-primeiro Ministro; Doug Lansky, Travel Witer e Tourism Devolopment Advisor e Mike Ferguson, Managing Director da Intelligent Businss Strategies. Marcarão também presença Ricardo Costa, Director de Informação o Grupo Impresa; António Trindade, CEO dos Hoteis Porto Bay Resorts; Miguel Júdice, Administrador do Hotel Quinta das Lágrimas; Frederico Costa, Administrador do Grupo Pestana e Rodrigo Machaz, Director Geral do Memmo Hotels. Cristina Siza Vieira referiu, sobre o Painel 3 intitulado "Como crescer sem perder a identidade - A capacidade de carga das cidades", que "temos ouvido muito coisa, mas referente ao Turismo nada se falou", acrescentando "não podemos deixar que seja um tema vulgar". Este painel terá a particiapação de Doug Lansky e Miguel Júdice. Segundo Rodrigo Machaz, sobre o seu painel "Novas tendências no alojamento", "o Turismo está no nosso milénio". Frisou que "temos que medir a capacidade de carga", para que exista um limite e não se continue a cair no erro de despejar os inquilinos para criar um Alojamento Local. O responsável pelos Hoteis Memmo afirmou ainda que "a procura e a oferta vão continuar a crescer", mas os "Recursos Humanos não vão continuar a crescer", referindo como exemplo "sabemos a dificuldade de encontrar um ajudante de cozinha". O gestor afirmou: "os hostels estão-se a aproximar dos hotéis", pois "as pessoas querem sentir-se em casa". Sublinhou que os hóspedes "estão à espera de um quarto que seja convencional", afirmando que nas suas unidades hoteleiras "estamo-nos a aproximar da casa". Outro dos temas que irá abordar na sua intervenção será "a rentabilidade de um Boutique Hotel", uma vez que "estamos a ver grandes grupos a apostar em hotelaria de nicho". O motivo do congresso se realizar em Coimbra é para o Raul Martins, "uma forma de a associação apoiar e incentivar regiões do país, fora das já tradicionais Algarve, Lisboa e Madeira, que se têm destacado pelas suas características ou pelo seu crescimento". in HardMusica, por António Manuel Teixeira
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18 September 2017
AHP Hotel Snapshot: 2º trimestre supera estimativas e continua a crescer
De acordo com a última edição do AHP Hotel Snapshot, retrato da performance da hotelaria nacional, produzido pela AHP – Associação da Hotelaria de Portugal, o segundo trimestre de 2017 (2ºT) manteve a trajetória de crescimento e ultrapassou as estimativas da AHP. Destaque para o RevPAR (Revenue Per Available Room), com um valor de 70€ e um aumento de 19% face a igual período de 2016 e de 43% face ao ano de 2007, pico de mercado do setor hoteleiro. Esta edição revela que a hotelaria nacional continua a posicionar-se em preço, sobretudo pelos resultados atingidos nas categorias de 4 e 5 estrelas, o que vem demonstrar o aumento da procura por um serviço de excelência, nomeadamente de mercados emergentes, como o norte-americano, e consolidação de mercados mais tradicionais como o francês e o alemão. Outro indicador destacado no AHP Hotel Snapshot foi o TrevPAR (total revenue per available room), com 99€ neste 2ºT, demonstrando aumentos de 16%, face ao período homólogo, e 31%, face a idêntico período de 2007, demonstrando a importância do negócio gerado por todos os departamentos hoteleiros. De um total de 16.4 milhões de dormidas registadas neste 2ºT, os hotéis mantêm a liderança na preferência de alojamento, com 68% das dormidas (crescendo 14% face ao segundo trimestre de 2016), seguidos dos hotéis-apartamentos com 14%. De assinalar, também, que 25% das dormidas corresponderam ao mercado interno e 75% ao mercado externo, liderado pelo Reino Unido, Alemanha e França. As regiões Centro, Açores e Alentejo foram as que mais cresceram com 23%, 22% e 18%, salientando-se a subida em 36% das dormidas dos mercados externos na região Centro. O AHP Hotel Snapshot destaca ainda que a abertura de novas unidades continua em alta com nove novos hotéis neste 2ºT, quatro dos quais na região norte. A AHP estima que o ano de 2017 registe mais 51 novos hotéis, aos quais se acrescentam 26 reaberturas/renovações, também revelador da confiança dos investidores no melhor posicionamento da hotelaria portuguesa. Da análise macroeconómica, o AHP Hotel Snapshot salienta o forte crescimento de 2,8% do PIB neste 2ºT, antevendo-se um aumento significativo nas projeções económicas para 2017 e 2018. Portugal volta a demonstrar uma das melhores performances na exportação, suportadas maioritariamente pela robustez do setor do turismo, que contribuiu em 42% para o saldo final da balança comercial dos serviços. Neste período, as exportações do turismo cresceram 29%, enquanto as importações aumentaram 16%, face ao mesmo período de 2016. Cristina Siza Vieira, presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal, sublinha que “a hotelaria nacional está a posicionar-se em preço, alavancada pelos resultados atingidos pelos hotéis de categoria 5*. No entanto, todas as categorias hoteleiras tiveram assinaláveis crescimentos face ao período homólogo, com as 3* a aumentarem em 18% no RevPAR e 11% no ARR e as 4* a subirem 22% e 15%, respetivamente. É notório o aumento da procura por um serviço de excelência, personalizado e sofisticado, que posiciona Portugal como destino de qualidade e diferenciador”. in Ambitur
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11 September 2017
“Em 2017 vamos ultrapassar os 22 milhões de turistas”
O ano não podia estar a correr melhor aos operadores e hoteleiros nacionais. Depois de um primeiro semestre de forte procura, com mais receitas e melhores tarifas médias, o verão volta a superar as expectativas. Tanto que as previsões estão a ser revistas em alta: este ano, Portugal deverá receber, pelo menos, 22 milhões de turistas, adiantou Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo ao Dinheiro Vivo. “O INE, ao reativar a Conta Satélite do Turismo passou a contabilizar os turistas que ficaram, não só em hotéis, mas também em estabelecimentos de alojamento local, espaço rural e turismo de habitação. Com estes números, no ano passado ultrapassámos os 21 milhões de turistas. Eu diria que, com alguma previsão conservadora, ultrapassaremos os 22 milhões de turistas este ano”, avançou a governante. Para já, os ventos correm de feição, confirma Cristina Siza Vieira, presidente-executiva da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP). “2016 já foi um ano bom, com uma superação em todos os indicadores dos valores pré-crise. 2017 será o terceiro ano de crescimento, o que permitirá consolidar resultados”. A análise tem por base os dados já conhecidos do Turismo até junho e que “confirmaram as expectativas mais positivas” dos hoteleiros, mas também as reservas feitas para os meses de julho, agosto, setembro e até outubro na hotelaria. Com a época alta ainda por terminar, a AHP confirma que os hotéis estão mais cheios e que os preços pagos pelos turistas são mais elevados. Isto deve-se não só a uma subida dos preços, como também à preferência dos visitantes por alojamentos superiores, que sustentam um crescimento mais acentuado das unidades de quatro e cinco estrelas. “Prevemos uma ainda melhor saída do verão e um prolongamento do verão pelos meses de setembro e outubro”, diz Cristina Siza Vieira. Com base em dados piloto, de uma ferramenta a que a AHP chama de future monitor, prevê-se uma taxa de ocupação em agosto superior a 75% a nível nacional. Além disso, o mês de setembro no Porto e em Lisboa aponta para vários períodos com mais de 75% de ocupação o que “evidencia um mês muito forte, bem acima do ano passado”. Em outubro, a boa prestação repete-se, com “mais de 50% de ocupação” em vários períodos do mês. Lisboa e Porto têm o maior destaque, mas a responsável admite que o país tem sabido posicionar-se e requalificar-se, o que tem permitido melhorar o preço pago pelos turistas – ainda assim inferior ao praticado por muitas cidades europeias. É esta qualidade da procura que Ana Mendes Godinho sublinha. “Eu não gosto de falar de número de turistas. O nosso grande objetivo é garantir um aumento das receitas e que temos atividade e procura turística ao longo do ano. Também que conseguimos garantir a procura por mercados de volume, aqueles que gastam mais quando nos visitam”, detalha a secretária de Estado, destacando orgulhosamente que “pela primeira vez estamos a crescer 20% em receitas”. Esta melhor performance financeira faz-se muito à boleia dos brasileiros (+50%), norte-americanos (+40%) e asiáticos onde tem sido feita uma forte promoção do destino Portugal. “Pela primeira vez estamos a atingir, e de certa forma, a superar, aquele que era o melhor registo de preços que tínhamos; os valores de 2007 e 2008. Depois disso, os hotéis passaram momentos muito complicados, mas agora este crescimento está a permitir retomar valores e valorizar a nossa oferta”, diz Ana Mendes Godinho. A melhoria dos preços é destacada de norte a sul do País. “As tarifas médias têm crescido porque estamos a conseguir captar os turistas que mais nos interessam, isto é, aqueles que estão disponíveis para pagar mais. Mas tem sido uma subida lenta, existindo ainda um diferencial em relação a outros países da Europa”, sublinha Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA). Afasta, por isso, as vozes que criticam subidas demasiado elevadas. “No caso específico do Algarve não creio que se corra o risco de matar a galinha dos ovos de ouro, tanto mais que a oferta -para além de crescer em quantidade – tem tido a capacidade de se renovar e modernizar ano após ano”. Filipe Ortigão Guimarães, diretor executivo da Associação de Turismo do Porto e Norte (ATP) repete: “O facto de a região estar a receber cada vez mais turistas faz com que as unidades venham apostando em melhorar quer as infraestruturas quer os serviços que têm para oferecer ao cliente e, naturalmente, esse upgrade leva, em alguns casos, a um aumento da tarifa média”, disse ao Dinheiro Vivo, lembrando que “esta é uma evolução naturalmente positiva e sabemos que os turistas valorizam este upgrade”. Em Lisboa, a procura também está a aumentar, fator que levou já a uma revisão em alta das previsões para 2017. Este ano, vão cumprir-se valores previstos, inicialmente, para 2019, conta Vítor Costa, diretor-geral da Associação de Turismo de Lisboa (ATL). “O Turismo em Lisboa está em franco crescimento, com a capital a ser cada vez mais requisitada pelos visitantes estrangeiros”, admite, lembrando que o andamento até agora contabilizado (+30,7% de hóspedes e +30,9% de dormidas até junho) permite antever “mais um ano de grandes resultados”. Deixa, no entanto, um aviso: “Tal não pode servir como motivo para abrandar o ritmo ou desviar a estratégia, estando a ATL comprometida em continuar a trabalhar na consolidação dos mercados, bem como a investir na melhoria e qualificação do destino”. Cristina Siza Vieira lembra, por sua vez, que “neste momento em que o setor está numa fase tão positiva é preciso fidelizar clientes” e salienta que, para isso, é necessário saber “contornar os efeitos do brexit e as contrariedades do aeroporto de Lisboa”. Já Desidério Silva repete os recados.“É fundamental que os turistas voltem aos seus países ou às suas casas e falem bem da região”. Para já, o nível de satisfação varia entre 80% e 90%, “mas não podemos estar descansados, porque sabemos que há turistas que nos visitam por fatores de ordem externa”. Esta tem sido a grande incerteza desta indústria que vale 7% do PIB nacional e que, após uma enorme crise, tem conseguido quebrar os próprios recordes ano após ano. O que acontecerá quando a instabilidade no Mediterrâneo passar e franceses e alemães começarem a regressar aos seus mercados de eleição? Ana Mendes Godinho desequilibra o tabuleiro: “Fala-se muito que o sucesso da nossa atividade turística se deve aos desvios da procura de outros destinos, mas acho que -número um – é muito injusto para os empresários e operadores que todos os dias trabalham no destino e, – número dois -, há um fator curioso: quer o Egito quer a Turquia estão com uma grande recuperação”, disse a governante, sublinhando que o Egito está com crescimentos na ordem dos 50% e a Turquia de cerca de 20%, “o que significa que mesmo com estes destinos a recuperar, Portugal está a conseguir crescimentos que nunca teve”. Otimismo traz investimento O crescimento do turismo ao longo do ano está a eliminar o fantasma da sazonalidade e a gerar otimismo no setor. E a confiança é sinónima de investimento, lembra Cristina Siza Vieira, da Associação da Hotelaria de Portugal. Pelas contas da AHP, em 2018, são esperados mais 50 hotéis “entre novas aberturas e remodelações”. As novas unidades vão chegar a todas as zonas do País, e fazem parte de um esforço de qualificação da oferta, que tem vindo a intensificar-se ao longo dos últimos dois anos. Com os novos números Portugal receberá bem mais de oito mil novos quartos até final do próximo ano, acima da previsão inicial da associação. Todos os grupos querem beber um pouco desta fonte de crescimento, e aos tradicionais Grupo Pestana, Vila Galé, Turim ou Hoti, somam-se novos projetos pela mão de “pequenas empresas familiares, hoteleiros nacionais e internacionais já com presença no País e também marcas novas”. É o caso, por exemplo, do grupo Meliá, que anunciou ainda no ano passado, a abertura do seu primeiro hotel de cinco estrelas em Portugal, o Meliá Lisboa. O investimento resulta de uma parceria com o fundo Discovery e posiciona-se para um segmento de bleisure (negócios e lazer). Mas está longe de ser o único. O grupo Turim tem previstas quatro novas unidades para o próximo ano – Porto, Sintra, Funchal e Lisboa -; o Vila Galé tem cinco projetos em carteira, entre eles o Convento de São Paulo em Elvas, que é a primeira concessão feita no âmbito do Programa de revitalização do património (Revive), e o grupo Pestana continua a cumprir o plano traçado em 2016 para 20 novos hotéis até 2019; metade deles em solo nacional. O My Story, por sua vez, conta com quatro aberturas previstas para 2018, todas elas na Baixa de Lisboa. E em 2019 haverá outros projetos desta marca que tem como acionista principal o proprietário das sapatarias Seaside, Acácio Teixeira. A maioria das novas aberturas será de segmento de quatro estrelas, um dos que mais tem crescido ao nível da procura. Mas também haverá novos hotéis de cinco estrelas. No total, no ano passado, contavam-se 1945 unidades hoteleiras em Portugal, a maior parte delas no Algarve e no Norte (22% cada), seguidos da região Centro (21%), Lisboa (15%), Alentejo (8%), Madeira (7%) e Açores (5%), mostra o Atlas da Hotelaria traçado pela Deloitte. em Dinheiro Vivo, por Ana Margarida Pinheiro
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30 August 2017
Hotelaria: Porto atinge pela primeira vez 90% de ocupação
Em junho passado, a hotelaria em Portugal, registou um crescimento a dois dígitos nos preços em praticamente todos os destinos, excetuando o Estoril, no preço médio por quarto ocupado (ARR) e no preço médio por quarto disponível (RevPar), e ainda a Madeira, no ARR. De acordo com o AHP Tourism Monitors, ferramenta exclusiva de recolha de dados da Hotelaria nacional trabalhados mensalmente pela AHP – Associação da Hotelaria de Portugal, em junho último, a taxa de ocupação quarto subiu 2,2 p.p., em comparação com junho de 2016, atingindo os 82%. Destaque ainda para o crescimento de 5.6 p.p. nas unidades de 3 estrelas, alcançando uma taxa de ocupação de 80%. Ainda sobre a taxa de ocupação, mas por destinos turísticos, esta análise revela que cabe ao Grande Porto a maior taxa de ocupação (90%), o que acontece pela primeira vez, seguido de Lisboa (88%) e Madeira (87%). Os crescimentos mais expressivos localizam-se no Minho (13,4 p.p.), Leiria/Fátima/Templários (12 p.p.) e Açores (6,6 p.p.). Sobre os resultados obtidos pelo Grande Porto, Cristina Siza Vieira, presidente executiva da AHP, afirma tratar-se, de facto, da “grande surpresa deste mês”, tendo em conta que registou a maior taxa de ocupação de sempre no mês de junho. Em seu entender, eventos como como NOS Primavera Sound e outros de atração internacional influenciaram estes resultados e a sua importância deve ser tida em conta no crescimento dos destinos portugueses. Sobre o sexto mês do ano, importa também reter que o ARR fixou-se nos 93 euros, representando mais 13% do que no período homólogo, com destaque para as unidades hoteleiras de 4 estrelas, as quais registaram um crescimento de 15%. Os destinos turísticos Grande Porto (19%), Coimbra (18%) e Oeste (17%) tiveram os maiores acréscimos no preço médio por quarto ocupado. O RevPAR registou um crescimento de 16%, face ao período homólogo, fixando-se nos 76 euros, sendo de destacar os destinos turísticos de Lisboa (97 euros), Algarve (88 euros) e Grande Porto (83 euros) com os valores de RevPar mais elevados. No que concerne à receita média por turista no hotel, esta continua a registar um aumento de mais 7% face a 2016, fixando-se nos 131 euros. Na análise por destinos turísticos, o Grande Porto foi o destino que mais cresceu, com mais 19% face a junho de 2016, no entanto, em termos absolutos, a Madeira volta a destacar-se com uma receita média de 299 euros. in O Jornal Económico por Sónia Bexiga