Turismo de Portugal diz que desafio para 2018 é valorizar as profissões do setor
O presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, defendeu hoje que o desafio para o próximo ano é valorizar as profissões do setor, nomeadamente através da formação e da adequação das competências às necessidades do mercado.
"O objetivo claro que nós temos para 2018 é este, a valorização das profissões do setor em vários meios e de várias formas", declarou Luís Araújo, que intervinha no almoço de Natal da Associação da Hotelaria de Portugal, em Lisboa.
Em causa está, desde logo, a formação dos profissionais, tema que "preocupa muito" o Turismo de Portugal, acrescentou.
"Não só a quantidade de recursos que existem para o setor, pelas necessidades que temos nas várias regiões [...] para trabalhar nas nossas unidades, mas também a formação dessas pessoas", reforçou Luís Araújo.
Agora pode subscrever gratuitamente as nossas newsletters e receber o melhor da atualidade com a qualidade Diário de Notícias.
Falando perante uma plateia de empresários da hotelaria, o responsável vincou que o Turismo de Portugal é o "principal interessado" em que estas entidades "tenham consciência desta aposta na formação, de uma formação que seja direcionada para os temas que interessa direcionar".
"A revisão dos currículos [das escolas de Turismo] ajuda, mas a formação tem de ser feita em permanência", sublinhou.
Ao mesmo tempo, destacou a necessidade de criar "estratégias de retenção de talento nas próprias empresas", um "fator-chave" para o setor.
"Acho que há aqui medidas e questões que têm de ser tratadas ao longo de 2018 se queremos ter um feliz 2019", adiantou.
Dos desafios faz parte a melhoria da "eficácia e da eficiência das empresas do Turismo no mundo digital", para favorecer a relação com o turista e a comercialização.
"Os resultados sobre a comercialização do país são impressionantes, mas têm de se converter em vendas e é com isso que nos queremos comprometer para 2019", disse, tendo já esse ano como meta.
A seu ver, urge ainda "reforçar a estabilidade social e ambiental das empresas, não só da perspetiva comercial, [...] mas também do ponto de vista da eficácia operacional de recursos", aumentar parcerias entre entidades para estas ganharem "escala e competitividade", adequar a oferta para "dar resposta aos novos segmentos e aos novos mercados" -- como o turismo cultural e religioso -- e ainda melhorar a comunicação, para "chegar a mais gente".
"Acho que foi um ano fantástico, [mas] um ano muito duro, duríssimo, principalmente para algumas regiões do país e para alguns empresários", observou, abordando questões como os incêndios que assolaram o país em junho e outubro.
Antes, o presidente da Associação da Hotelaria de Portugal, Raul Martins, destacou que este foi um ano que permitiu "inovar a todos os níveis".
"Se até aqui o repto foi o crescimento, para atrair turistas e pôr Portugal no mapa, temperamos agora esse objetivo com uma nova palavra de ordem, a sustentabilidade", apontou, falando em "esbater a concentração da procura para aliviar as áreas mais pressionadas".